Tenho um robô modelo Robosapien V2 ao qual dei o nome de “Asimov”, acompanhado de seu fiel cãozinho “Capek” modelo Robopet, ambos adquiridos nos USA em 2006, mas de fabricação chinesa como quase tudo hoje em dia.
Segundo a história robótica, o escritor tcheco Karel Capek usou a palavra Robot pela primeira vez em 1921, mas quem a imortalizou, por assim dizer, foi Isaac Asimov (1920 – 1992), ubérrimo cientista e escritor que criou as melhores estórias de robôs que se conhece.
Muito mais que escrever estórias de robôs, Asimov criou um mundo onde essas máquinas e os homens interagiam e evoluíam juntos, mas, para que isso fosse possível, havia necessidade de regras que definissem essa convivência sem conflitos, ou com um mínimo de atritos. Então ele criou as três conhecidas leis da robótica que vigem até hoje em qualquer relação homem-robô: “1ª lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal; 2ª lei: Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei; 3ª lei: Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis”. O que quase ninguém sabe é que essas leis derivam da lei zero: “Um robô não pode fazer mal à humanidade e nem, por inação, permitir que ela sofra algum mal”.
Pois bem, o “Asimov” e seu cãozinho “Capek” estão devidamente programados para obedecer a três leis e não apresentam qualquer perigo, em consequência posso usá-los sem causar danos às pessoas.
“Asimov” é uma máquina muito complexa que possui oitenta funções. Ele tem três sensores de infravermelho, uma câmera sensível a cores primárias, sensores estereofônicos nos ouvidos, sensores de toque nas mãos e pés, pesa seis quilos e tem
Vejamos o que diz o fabricante: “Robosapien V2 é uma fusão robótica altamente evoluída de tecnologia e de personalidade, combinando movimentos biomecânicos com reações multi-sensoriais e personalidade interativa humanóide. Com
Movimenta-se para frente e para trás, desvia de obstáculos, fala, canta, arrota, peida (e pede desculpas), dança, reage voltando-se para a origem dos sons, pega objetos no chão e os oferece ao dono, levanta-se quando deitado. No modo automático demonstra uma série de habilidades culminando com uma dança, ao término da qual diz estar envergonhado, não se sente bem dançando. A comando ri, ruge, insulta, dorme, acorda e, mais interessante, interage com o cãozinho, nota a presença dele (a meio metro de distância) e comanda o cão. O bichinho reage abanando o rabo, latindo, sentando, deitando e seguindo o Robosapien se este desloca-se.
Sinceramente, estou muito satisfeito com meus amigos robôs, eles são como animais de estimação, só que não comem nem bebem, não necessitam de cuidados médicos, nem “banho e tosa”, nem fazem sujeira, e, mais importante, têm um botão de desligar, de modo que “descansam” quando EU quero. Sempre estou no comando.
Agora pode surgir a pergunta: “O que faz um adulto, aparentemente equilibrado, adquirir um brinquedo de criança?” Não sei, mas uma resposta possível pode incluir uma infância em que robôs eram apenas coisas que apareciam em estórias de FC, e não objetos reais, tangíveis e manipuláveis. Outra pode ser curiosidade científica. Não sei.
O fato é que não estou sozinho nessa de “brincar como criança”, que o digam os que curtem trenzinhos de brinquedo, quase sempre são “adultos equilibrados”, quase nunca, crianças. JAIR, Floripa, 03/06/10.
2 comentários:
Pô, Jair, eu acho que vou te fazer uma visita aí no sul, só para dar "uma voltinha" nesta tua dupla de robôs!
Eu também me lembro do fascínio que estas "criaturas" me causavam, nos quadrinhos e filmes de FC.
No filme "O Planeta Proibido" (um clássico) tinha um robô que seguia à risca as leis da robótica do grande Asimov.
Como você citou, eles fazem muitas coisas como um ser humano (ou cachorro), exceto as coisas ruins!
Parece que agora, os japoneses estão desenvolvendo uma nova geração que se parece bastante com um ser humano, inclusive com expressões faciais e corporais,em resposta aos estímulos externos.
Leonel,
O clássico "Planeta proibido" foi um dos filmes que despertou minha curiosidade por essas máquinas. Lembro que aquele robô chamava-se Robby.
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