domingo, 1 de novembro de 2009

ESCASSEZ DE ÁGUA: COMO SALVAR A HUMANIDADE




Segundo a Unicef, menos da metade da população mundial tem acesso à água potável. A irrigação corresponde a 73% do consumo de água, 21% vai para a indústria e apenas 6% destina-se ao consumo doméstico. Um bilhão e 200 milhões de pessoas não têm acesso a água tratada. Um bilhão e 800 milhões de pessoas não contam com serviços adequados de saneamento básico. A água é um desses bens escassos indispensáveis, sem as quais não poderíamos viver. Ainda que na atualidade a falta desse bem não se apresente como um grande problema para a América Latina e, em especial ao Brasil, este é um tema de suma importância a todos nós. Em uma rápida síntese sobre as condições da água, vemos que apesar da terra ser coberta por cerca de dois terços de água ou mais precisamente 71% da superfície, o planeta está começando a passar por problemas de escassez do precioso líquido. Problema perfeitamente fácil de entender, já que o total de água do planeta continua o mesmo e a população se multiplica em progressão geométrica. Do total de água existente no mundo 97,5% são de águas que se encontram nos Oceanos, ou seja, água salgada, restando apenas 2,5% de água doce. E nem mesmo esses 2,5% podem ser totalmente aproveitados, pois 1,75% se encontram em calotas e geleiras polares, restando tão somente 0,75% desta água podendo ser considerada aproveitável. Devemos ressaltar ainda que essa quantia deva ser dividida entre 6 bilhões de pessoas. Devido a esse problema, já vemos em vários locais do mundo, principalmente no Oriente Médio, as constantes desavenças que a escassez de água vem proporcionando. Atualmente, 31 países sofrem com uma grave escassez de água; uma de cada cinco pessoas no mundo carece de fornecimento de água potável e se calcula que em tão somente 15 anos, mais da metade da população mundial não terá acesso ao vital liquido, tudo isto devido ao uso industrial indiscriminado e à falta de políticas adequadas para o manejo do recurso. Então, políticas sérias de preservação e administração desse bem escasso e de vital importância para a sobrevivência do homo sapiens, devem ser priorizadas em qualquer sociedade que queira manter a perspectiva de civilização a médio e longo prazo.


No estado da Cali
fórnia nos EUA já se implantou uma política de conservação de água doméstica que premia o consumidor que quiser adotá-la. Como sabemos, o americano do norte curte imensamente seus gramados domésticos, os quais ele mantém verdes e saudáveis mediante irrigação constante, muito adubo e cortes regulares, ter gramados e cortá-los com aparelhos de última geração faz parte da cultura do povo americano. Um estudo de uma Ong contratada pelo governo da Califórnia constatou que, quase 70% do consumo de água das casas destina-se à irrigação dos famosos gramados. Como o território da Califórnia é, em grande parte, desértico, é natural que as autoridades se preocupem e adotem prioridade para políticas de conservação do líquido precioso. Uma das medidas tomadas para estimular a economia de água, foi descontar porcentagem de imposto predial daqueles usuários que se dispuserem substituir seus bem tratados gramados por jardins com plantas nativas do deserto. Por certo a medida foi bem vista pelos habitantes de Los Angeles que adotaram plantar em seus jardins cactos e outras vegetações que usam um mínimo de água para sobreviver. Além disso, jardins de plantas nativas contribuem para preservar a flora local e são tão ou mais ornamentais que os tais gramados, cujas sementes e mudas são exóticas, geralmente oriundas da Ásia. Já se tornou bastante comum observar que as substituições nos jardins deixaram as paisagens dos bairros residenciais diferentes, bonitas e com um toque natural, comunidades inteiras estão se beneficiando com a isenção parcial de impostos e tornando seus jardins, autênticas miniaturas do deserto adjacente à cidade. E não é só isso, novos desenhos de vasos sanitários e caixas de descarga permitem que, com aumento de eficiência, se economize água também. Caixas de descarga com botão duplo de acionamento, onde se permite um fluxo menor para líquidos apenas, e maior quando se tratar de dejetos sólidos, estão sendo usadas na Califórnia e em alguns países da Europa. Alterações no desenho interno das vias de vazão da água dos vasos sanitários permitem melhor aproveitamento do fluxo, assim como temporizadores nos chuveiros e máquinas de lavar mais eficientes diminuem o consumo. Políticas assim e de mesmo efeito deveriam ser adotadas por outros estados e cidades com intuito de criar uma mentalidade que só traria benefícios para o ambiente e, claro, para o homem em última instância. No Brasil o uso desses dispositivos é ainda muito raro. Na Austrália, país com quase dois terços do território formados por desertos, dispositivos e métodos de economia fazem parte do cotidiano das pessoas e, curiosamente, lá nada se cobra pelo consumo familiar de água. O australiano, apesar disso, não consome água demais, não desperdiça o líquido que sai de suas torneiras domésticas, demonstrando, de certa forma, que naquele país se tem uma mentalidade de economia quando se trata de consumir esse líquido vital. É claro que essas iniciativas são, para usar uma analogia aquática, uma gota no oceano quando se trata da escala do desperdício mundial. Contudo, como “uma longa caminhada começa com primeiro passo”, o simples fechar de torneira um pouco antes pode ser o princípio da prevenção que permitirá a perpetuação da humanidade no Planeta. JAIR, Floripa, 01/11/09.

6 comentários:

Tais Luso de Carvalho disse...

Falando em Brasil, aqui temos uma maneira de viver muito exótica: é o eu. Gastamos água lavando carro na calçada, lavamos as calçadas, lavamos o quintal, levamos 1 hora tomando banho e nada de pensar no futuro. Parece que esse futuro - com escassez de água - não atingirá o Brasil. E com 31 países já sofrendo... Coisas nossas; o individual.
Ótima abordagem.

Um abraço
Tais luso

Leonel disse...

Meu amigo, parece piada, um planeta que, visto do espaço, parece todo feito de água, estar na iminência de ficar sem água!
Mas, não se preocupe, já estamos dando um jeito nisso: com o derretimento das geleiras polares, logo vamos ter água doce em quantidade! Pena que ela será toda jogada no mar!
Mas, falando sério, a solução para economizar água que eu gostei mais, e que já vem sendo feita, inclusive no Brasil, é do aproveitamento de água da chuva, acumulada em uma cisterna, de onde é bombeada para uma caixa separada, que abastece torneiras de jardim e caixas de descarga sanitária, deixando a água tratada apenas para uso na cozinha e na higiene pessoal!
Assim, poderemos regar as plantas e lavar o carro sem neuras!
Na maior parte do Brasil, isto é bastante viável. Quando projetar a próxima casa, pense nisto! O gasto com a energia elétrica para a bomba é mínimo. Eu mesmo uso um sistema de bomba automática, só que é para a água potável, acumulada na cisterna (onde moro há problemas de falta de pressão).

Anônimo disse...

Caro amigo Pamplona
As vezes eu acho que sou uma espécie de messias, pois a mais de 20 anos que falo pro povo; o grande desafio de qualquer governante no futuro sera, prover empregos e agua potavel. Ja pensastes no custo para produzir um litro de água potavel em Sampa? deve ser um absurdo.
Bela abordagem um grande abraço do cabo velho
Fabio

Anônimo disse...

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Tradução aproximada:
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