Públio Élio Trajano Adriano mais conhecido apenas como Adriano, foi imperador romano de 117 a 138. Pertenceu à dinastia dos Antoninos, sendo considerado um dos chamados "cinco bons imperadores". Nascido em Itálica na atual Espanha, Adriano era descendente de colonos romanos domiciliados no Sul da Espanha e primo de Trajano, tendo sido nomeado por este para uma série de dignidades públicas que o fizeram tornar-se herdeiro presuntivo deste imperador. À época das guerras contra os partas, durante o reinado de Trajano, era governador da Síria.O imperador Adriano era um dos mais poderosos do antigo império romano. Conquistou várias nações, uma após a outra, sem derrotas. Não admira que seu orgulho tenha se inflado com tanto poder. Todos se ajoelhavam caindo a seus pés; dos humildes aos mais poderosos. Seu menor capricho era imediatamente atendido por aqueles que se encontravam ao seu redor. Hábil administrador, durante o seu reinado, foi um viajante incansável. Percorreu todo o império para examinar de perto as províncias e as reformas que necessitavam. Amante das letras e das artes, implementou uma profunda reforma na administração e em 131 editou um código de leis para ser aplicado em todo o império, uma compilação judicial que regeu o império até ao tempo de Justiniano. Abandonou as campanhas de Trajano na Mesopotâmia e adotou uma política defensiva, fortificando as fronteiras do Império Romano. Na Inglaterra mandou construir em 122 o Muro de Adriano, que marcou durante séculos a fronteira entre a Inglaterra e a Escócia para a defender dos povos do norte. Inspirado na cultura grega, embelezou Roma e o império com monumentos, mandou construir a Vila de Adriano, a ponte de Sant’Ângelo, o castelo do mesmo nome (que é o seu mausoléu). Ocupada a Bretanha (no século I d.C.), logo sentiram os Romanos a parada dura que representavam os habitantes do norte da ilha. Na sua política de consolidação e defesa das fronteiras, o Imperador Adriano visitou a ilha em 122 e mandou construir o tal muro fortificado - na verdade uma formidável muralha - desde Solway Firth até ao estuário do rio Tyne, para defender a Bretanha Romanizada. Com 120 km de comprimento, esta enorme obra foi concluída em 126 pelos próprios soldados, que construíam e combatiam simultaneamente. Originalmente era de madeira e terra, só se tornando de pedra mais tarde. Cada "centúria" era obrigada a construir a sua parte do muro. Este tem uma fundação de terra ladeada por um fosso de 4 m de profundidade. Sobre a terra, levantaram, assim, um muro em pedra, maciço, com cerca de 5 m de altura e 2,5 m de largura. Sobre ele seguia uma estrada militar, no sentido de facilitar as comunicações e os transportes, e 80 castelos com pequenas torres e fortins, onde se encontravam sentinelas. Ao longo do muro erguiam-se 17 fortalezas o que completava o sistema de fortificação fronteiriça do norte da Britannia. Imponente como era, a muralha ainda deixou para a posteridade uma curiosidade prática: A distância entre as rodas deixados pelos sulcos dos carros romanos na entrada do forte em Housesteads no muro de Adriano, serviram dois mil anos depois, de bitola-padrão, para as estradas-de-ferro britânicas. Adriano morreu em 138, em Roma. Seu corpo foi depositado num mausoléu, que veio a ser o castelo de Santo Ângelo, em Roma. Tão extraordinária foi a obra desse imperador que deu azo a criação do romance, MEMÓRIAS DE ADRIANO, de Marguerite Yourcenar, o qual recria a vida e a obra desse administrador e lhe dá uma alma, um lado humano que transcende o tempo e a história. O livro foca Adriano que, pouco antes de morrer, decide escrever uma longa carta-testamento ao jovem Marco Aurélio, o futuro imperador-filósofo. Nela Adriano passa em revista os principais episódios de sua marcante existência: a relação de afeto com a mulher de Trajano, Plotina; as campanhas militares em diversas regiões da Europa; as viagens à Ásia Menor; a paixão pela caça; as discussões filosóficas com os principais pensadores do seu tempo; as relações com Trajano, seu antecessor; e o casamento com Sabina. JAIR, Floripa 25/12/09.
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3 comentários:
É, o homem fez bem mais do que jogador de futebol do mesmo nome, que os flamenguistas chamam "o imperador" (da cachaça, deve ser)!
Ao publicar esta minúscula biografia, minha intenção é apenas homenagear meu filho homônimo.
Esse carinha era fera! Pobre dos demais humanos que carregam esse nome, jamais vão fazer sombra a ele.
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