LINHA DIRETA PARA O COLO DO CAPETA
Iníquo, mau cidadão, marido infiel, gatuno ardiloso, foi alçado do anonimato por outro homem público, este maculado pelas falcatruas mais abjetas, ladravaz impune; seguiu-lhe os passos; refugiou-se na política onde as leis da vala comum não se aplicam; onde a impunidade é linha mestra que conduz homens da aviltante pobreza ao pináculo das fortunas não explicadas; onde existe uma zona cinzenta de desonestidade que é moeda de troca entre mãos sujas. Cometeu os maiores roubos do dinheiro dos contribuintes; rapinou verba que seria empregada em hospitais, salvaria vidas; praticou pilhagem obscena do erário público; amealhou milhões; enquanto pilhava, escarneceu da sociedade e colocou-se acima das leis dos homens, zombando também das regras divinas. Arrogante, julgou-se imortal e intocável. O câncer, às vezes instrumento de justiça invisível e cruel, corroeu-lhe as entranhas e conduziu-o ao inferno, onde deverá queimar para sempre. JAIR, Floripa, 21/11/09. sábado, 21 de novembro de 2009
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5 comentários:
Caro Bolinha,
Sempre leio o que escreves, as vezes gosto outras nem tanto, mas... sempre concordo contigo. Hoje pele prima vez, não gostei e não concordo, por que? em primeiro lugar este teu conceito de inferno é muito classico, católico. Para ir ao paraiso é prieciso morrer, para ir ao inferno não, este cristão ja estava no inferno a muito tempo, pois ao meu ver o inferno é aqui criado por nós ou por pessoas que nos rodeiam, como é que eu sei... eu ja estive la. mas sai e cito Willian Shakespeare " Guardar rancor é o mesmo que tomar veneno e esperar que o outro morra" um beijo no teu coração.
Fabio
Caro Fábio,
Concordo contigo, o inferno cristão não existe. Usei apenas um recurso literário que atinge a maioria das pessoas, isto é, aquelas que acreditam no inferno. Como o texto é uma obra de ficção posso usar essa licença poética impunemente. Abraços, JAIR.
O texto, embora classificado como ficção, lembra uma figura pública de triste memória falecida estes dias...
Porém, o mestre e padrinho político do falecido continua vivo e satisfeito, impune e feliz!
Voltarei sempre. Gosto do blog e das discussões, afinal a subjetividade é sempre soberana.
Abçs
Carmen
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