O ser humano, criatura do TEMPO, angustiado, tenta entender tudo a sua volta, e o faz movido pela busca incessante do saber que, na sua santa ignorância, admite como único caminho para obter respostas para as perguntas: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Para chegar ao entendimento, o homem empreende busca insana e desesperada no âmago das partículas atômicas; se perde nas profundezas abissais do oceano; flutua indagativo no espaço etéreo e não dimensionável; contempla curioso o interior de seu próprio organismo; explora expectante o funcionamento das leis da natureza. Incansável, usa a melhor ferramenta a seu alcance, o cérebro, para observar tudo que o cerca, coletar dados, analisá-los e tirar conclusões. Buscando, obtém certo grau de sucesso com coisas físicas, perceptíveis e manipuláveis, mas com o tempo não, este o desafia como ente acima da sua medíocre compreensão. O homo sapiens filosofa, medita, reflete e culpa o tempo, mas não tem controle sobre ele; atribui a ele todos os males que o afligem e agradece todas as curas que o salvam, mas não o entende; sofre as conseqüências da sua eterna marcha, mas não o manipula; vive sob o império de seu jugo implacável, mas não o conquista. O impalpável e ubíquo tempo escapa a qualquer tipo de conceituação rigorosa e, se resta consolo ao buscador de respostas, o homem apenas consegue quantificá-lo, colocar rótulos, criando a ilusão que pode ter alguma influência sobre ele: segundos, minutos, dias, anos, séculos, milênios, eras etc. Enquanto isso, desprezando todos os esforços do homem e até ignorando-o, o tempo caminha reto, decidido, para frente, traçando a linha condutora de todas as coisas vivas e inanimadas ao fim inelutável. JAIR, Floripa, 02/09/09.
sábado, 5 de setembro de 2009
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5 comentários:
Jair,
há uns tempos atrás tive que fazer um trabalho para filosofia sob o tema "Finitude e temporalidade - a tarefa de se ser no Mundo!"
Objectivamente centrava-se na pergunta - Qual é o sentido da vida?
Muitos de nós procuram o sentido da vida em livros!
Peter Singer defende a escolha última, isto é, "a convicção realista não nos deve impedir de alimentar a esperança optimista no futuro e de dar o primeiro passo, fazendo a parte que nos cabe, em direcção a uma consciência ética mais ampla e elevada".
Estas decisões requerem coragem - ele chamou-as de "escolha última".
Eu acrescento que para viver eticamente, não basta não fazer o mal.
A isto chamar-lhe-ia levar uma vida limpa, mas estupidamente vazia!
Cabe a cada um de nós procurar um sentido para a vida!
Dirão: não é fácil!
Talvez!
Mas que gosto têm as coisas fáceis...?
É necessário fazer a "escolha última"?
Pois façámo-la as vezes que forem necessárias para fazermos do Universo um lugar melhor!
E terão encontrado a resposta à pergunta que tanto nos inquieta:
"Qual é o sentido da vida?"
Um beijo.
Obrigado por me entender. Mais importante que o fim que se busca é a própria BUSCA que interessa, sem a qual a vida perde o sentido. A "escolha última" faz parte da BUSCA incansável e justificada. Se estamos no mundo para algum fim, busquemos, mesmo que nossa intuição diga que não vamos encontrar...
Sempre tentei imaginar a possibilidade de poder manipular o tempo. E cheguei a conclusao que o tempo é uma linha contante, tao infinita quanto o universo. O tempo e o universo dependem em um tanto quanto ao outro... E como o tempo afeta o universo todo (materia fisica em geral) nao pode ser manipulado...
Desde mis --- HORAS ROTAS ---
y --- AULA DE PAZ ----
TE SIGO UM BLOG QUE PENSA
. comparto tu blog
con un fuerte abrazo y
Saludos cordiales de amistad:
afectuosamente :
UM BLOG QUE PENSA
JAIRCLOPES
jose
ramon…
Olá td bem??
Esse questionamento, é verdadeiro e intrigante.Claro todos teem essas dúvidas e medos.
Acredito eu, que se todos voltassem para dentro de si, numa solidão a procura da sua real essência, acharia a verdadeira identidade.Com isso as respostas viriam num torpor assustador.O auto conhecimento esclareçe qquer resposta com a devida exatidão a sua compreensão.Belo relato a se refletir muitooooooo.
Bjs.
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