O kimberlito é uma rocha ígnea (formada pelo calor do magma) da família das olivinas, cuja cor varia do azul-verde ao preto, passando pelo marrom avermelhado. A composição e a cor do kimberlito correspondem à região em que se formou e aos elementos que o formaram. Seu nome deriva de Kimberley, região da África do Sul onde foram encontrados esses minerais associados a pedras de diamantes.
A rocha se formou a aproximadamente duzentos quilômetros de profundidade e foi transportada à superfície pelos chamados chaminés de kimberlito, que nada mais são que erupções vulcânicas ocorridas há milhões de anos. Onde e quando se formaram os kimberlitos, também se formaram diamantes e outros fragmentos de rocha (xenólitos) que foram arrancadas das profundezas da crosta terrestre. Por isso, kimberlitos ocorrem na superfície quase completamente em brechas vulcânicas. Eles, assim como a maioria dos diamantes, se formaram a 150 milhões de anos atrás, no entanto, os mais velhos kimberlitos que se conhecem datam de cerca de 1,2 bilhões. Eles ocorrem na África, Austrália, América do Norte, Índia, Brasil e na Sibéria. Mineradores e garimpeiros se valem da presença desses minerais para processarem a busca de diamantes, já que ambos sempre estão associados.
As chaminés de kimberlito foram criadas conforme o magma passava por profundas fraturas na Terra. O magma de dentro da chaminé de kimberlito funciona como um elevador, empurrando os diamantes e outras rochas e minerais pelo manto e crosta em poucas horas. Estas erupções eram breves, mas muitas vezes mais poderosas do que erupções vulcânicas que acontecem atualmente. O magma destas erupções foi originado em profundidades três vezes maiores do que a fonte de magma nos vulcões atuais.
Diamantes também podem ser encontrados em leitos de rios, chamados de reserva aluvial de diamantes. São originados em chaminés de kimberlito, mas se movimentam por atividade geológica. Geleiras e águas podem movimentar os diamantes para milhas de distância de seu local de origem. Hoje, a maioria dos diamantes é encontrada na Austrália, Brasil, Rússia e vários países africanos, incluindo Zaire. Em geral essas gemas são encontradas em rios e aluviões que deslocaram as pedras de seus locais de surgimento na superfície da Terra.
Por que essas informações sobre o mineral kimberlito? Porque passei a semana do Natal no norte de Minas Gerais, na cidade de Buritis, onde me foi apresentado num riacho no qual os moradores costumam nadar. Naquele curso d’água encontrei várias “pedras” de kimberlito. Na região, eu soube, nunca se garimpou diamantes, mas pelo aspecto do riacho cujo leito é rico em kimberlitos, há forte indicação que existe a preciosa gema.
Assim, no meu sonho mais louco, não me custa imaginar que quando me aposentar pretendo me munir de bateia e chapéu de abas largas e me aventurar pelas águas do Timbó garimpando o que tenho esperança de lá existir: diamantes brutos de boa qualidade. Me vejo no direito de sonhar aventuras diamantíferas naquele riacho que, afinal, fica em Minas Gerais, local que recebeu esse nome justamente pelo potencial mineralógico que possui. JAIR, Floripa, 03/01/2012.
A rocha se formou a aproximadamente duzentos quilômetros de profundidade e foi transportada à superfície pelos chamados chaminés de kimberlito, que nada mais são que erupções vulcânicas ocorridas há milhões de anos. Onde e quando se formaram os kimberlitos, também se formaram diamantes e outros fragmentos de rocha (xenólitos) que foram arrancadas das profundezas da crosta terrestre. Por isso, kimberlitos ocorrem na superfície quase completamente em brechas vulcânicas. Eles, assim como a maioria dos diamantes, se formaram a 150 milhões de anos atrás, no entanto, os mais velhos kimberlitos que se conhecem datam de cerca de 1,2 bilhões. Eles ocorrem na África, Austrália, América do Norte, Índia, Brasil e na Sibéria. Mineradores e garimpeiros se valem da presença desses minerais para processarem a busca de diamantes, já que ambos sempre estão associados.
As chaminés de kimberlito foram criadas conforme o magma passava por profundas fraturas na Terra. O magma de dentro da chaminé de kimberlito funciona como um elevador, empurrando os diamantes e outras rochas e minerais pelo manto e crosta em poucas horas. Estas erupções eram breves, mas muitas vezes mais poderosas do que erupções vulcânicas que acontecem atualmente. O magma destas erupções foi originado em profundidades três vezes maiores do que a fonte de magma nos vulcões atuais.
Diamantes também podem ser encontrados em leitos de rios, chamados de reserva aluvial de diamantes. São originados em chaminés de kimberlito, mas se movimentam por atividade geológica. Geleiras e águas podem movimentar os diamantes para milhas de distância de seu local de origem. Hoje, a maioria dos diamantes é encontrada na Austrália, Brasil, Rússia e vários países africanos, incluindo Zaire. Em geral essas gemas são encontradas em rios e aluviões que deslocaram as pedras de seus locais de surgimento na superfície da Terra.
Por que essas informações sobre o mineral kimberlito? Porque passei a semana do Natal no norte de Minas Gerais, na cidade de Buritis, onde me foi apresentado num riacho no qual os moradores costumam nadar. Naquele curso d’água encontrei várias “pedras” de kimberlito. Na região, eu soube, nunca se garimpou diamantes, mas pelo aspecto do riacho cujo leito é rico em kimberlitos, há forte indicação que existe a preciosa gema.
Assim, no meu sonho mais louco, não me custa imaginar que quando me aposentar pretendo me munir de bateia e chapéu de abas largas e me aventurar pelas águas do Timbó garimpando o que tenho esperança de lá existir: diamantes brutos de boa qualidade. Me vejo no direito de sonhar aventuras diamantíferas naquele riacho que, afinal, fica em Minas Gerais, local que recebeu esse nome justamente pelo potencial mineralógico que possui. JAIR, Floripa, 03/01/2012.
17 comentários:
Quando isto ocorrer, meu enciclopédico amigo, me chame(rsrsrs)que juntos lutaremos para lograr êxito nessa empreitada.(rsrssr)
Muita Paz!
Jair,
Belo texto! Uma aula sobre kimberlitos e diamantes! E serve bem para despertar a vontade de uma aventura diamantífera...
Abs
Ryoki
Que jóia!
Até eu fiquei curiosa,nesta aventura.
O ESPIRITO DO ESCRITOR,espreita os ares,os mares, a superfície terrestre,o cosmos...em tudo a maravilha da criação,o mistério,os segredos; que bom desvendá-los
nesta incursão,agora geológica...Que tal uma excursão com os blogueiros afins?Luci.
Não, obrigado. Ainda estou explorando meu veio de poesias.
Abraços.
Obrigado. Esse blogue é sempre interessante.
Boa tarde amigo!Ja trabalhei na prospecção de Kimberlitos tanto férteis quanto estéril...MOro atualmente em local de garimpo de ouro e diamantes...Se tiver interesse mande-me uma desses kimberlitos que achastes e vamos marcar uma data para ir até o local...Topo parceria e levo todas as ferramentas para a prospecção de diamantes...em uma semana de trabalho ja saberemos se la tem o diamante ou não...
abraços....
sandrojcm@hotmail.com
Procuro mais informações e fotos sobre Kimberlitos. Se tiverem me mande...
moraesfh@yahoo.com.br
Olá Jair, adorei aprender sobre kimberlito no seu blog. Didático e objetivo! abraços, juracy
Eu também quero, mas é logo, porque já estou aposentada. É preciso bateia? Beijo. Ana.
Eu não estou aposentado, mas sem trabalho, gostaria de formar uma equipe e partir para a aventura!
Como extrai diamante de kinberlito tenho algum em casa.
Há muito kimberlito no sul do Brasil, sabiam?
o sul e o meu pais
Sandro, você tem material em PDF sobre prospecção e kimberlitos? Estou fazendo extensão em geologia e gostaria de estudar esse tema. magondi.pr@gmail.com
Muito grato!
Sandro, você tem material em PDF sobre prospecção e kimberlitos? Estou fazendo extensão em geologia e gostaria de estudar esse tema. magondi.pr@gmail.com
Muito grato!
WhatsApp: 055-99119-6542 / e-mail: contato@alterinvest.shop / site: http://www.alterinvest.shop
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