Certos bens duráveis, por sua qualidade, durabilidade, classe, preço ou estilo, têm tendência a se tornar clássicos, o que quer dizer que mesmo o passar do tempo não os tira de circulação ou não consegue sucedâneos que os tornem obsoletos ou ultrapassados. Assim é com marcas de carros, por exemplo, quando se quer dar ênfase a excelência de um carro acima de comparações cita-se o Rolls Royce. Não há necessidade de se conhecer as minúcias que fazem dessa marca a referência mundial em matéria de carro, basta dizer, tal coisa é o Rolls Royce de sua categoria. Similarmente as motos também têm uma referência famosa, Harley Davidson. Há quem diga que existem motocas, motos, motocicletas e Harley Davidson, esta está tão acima das outras que não há como comparar. Relógios mecânicos também têm seu clássico, os relógios suíços Ômega, uma máquina elegante, precisa e bem acabada que foi must antes do advento dos relógios eletrônicos de quartzo. Quem tem um Ômega sabe do que estou falando.
No caso de indumentárias, adornos corporais e perfumes é óbvio que também, existem “clássicos”, só que estes estão mais relacionados ao nome do estilista que lançou a roupa ou adereço. Dior, Madame Coco Channel, Valentino, Cartier, Kenzo e outros famosos dão o tom do que é especial na alta costura, jóias e enfeites, aliás, alta costura já se refere aos grandes estilistas. Ainda nesta área temos um chapéu clássico, o Borsalino. O senhor Giuseppe Borsalino, nascido em 1834 na cidade de Alexandria, Cecília, aprendeu a arte de fabricar chapéus na França em 1850. Voltou para sua terra e montou a fábrica Borsalino de chapéus. Segundo aqueles que entendem, entre eles o ex político Paulo Brossard, o Borsalino é mais do que um simples chapéu, é uma obra de arte. É feito à mão e escovado centenas de vezes até se tornar uma peça única de acabamento impecável. É confeccionado com feltro feito de pêlos de coelhos angorá de uma variedade só encontrada no sul da França. Começou com gangsteres da Cecília, depois os marginais de alto coturno de Chicago adotaram o Borsalino, entendia-se que roubar e matar não eximia o perpetrador de ostentar uma certa classe. Tão integrado foi o chapéu aos gangsteres, que estes eram chamados de Borsalino na Itália.
Um Borsalino está para os demais chapéus assim como o Rolls Royce está para os outros carros, O Borsalino é o Harley Davidson dos chapéus. Muitos acreditam que se trata da mais notável cobertura para cabeças masculinas que já existiu no Planeta.
Por que estou elogiando um adereço que nunca usei e sequer conheço? Pois é, nas relações com nossos semelhantes, sejam relações de amizade, parentesco, profissionais ou ditadas pelas circunstâncias, nós, o mais das vezes involuntariamente, costumamos classificar as pessoas as quais por dever de ofício ou não, nos são próximas. Essa classificação costuma ter um viés de qualidade, isto é, nos perguntamos quanto confiável é tal pessoa, quanto leal ou honesta pode ser etc. Nada diferente do que fazemos ao comprar um sapato, por exemplo. Se vamos optar pela compra, queremos saber se é confortável, durável, elegante e outros atributos. As pessoas não são coisas, mas nos passam certas impressões que nos agradam ou não.
Então, com relação às relações pessoais, existe o que os experts chamam de “teste do Borsalino”. Dizem que existe um teste para revelar se um chapéu é um autêntico Borsalino ou apenas uma imitação desprezível. O teste do chapéu verdadeiro consiste em enrolá-lo como um cilindro, transformá-lo num tubo bem fino e passá-lo por uma aliança de casamento. Se ele sair dessa prova sem marcas permanentes, se voltar à forma original, se a experiência não danificá-lo, então é um Borsalino original.
Serão verdadeiros amigos aqueles que passarem galhardamente pelo teste do Borsalino. Claro que o teste dos amigos é apenas virtual, mas não deixa de ser extremamente rigoroso, e pouquíssimos são aqueles que conseguem passar. Lembrando que o teste da amizade resiste ao tempo e à distância. Particularmente, tenho amigos de infância que fico sem vê-los anos, mas quando nos encontramos parece que foi ontem que falamos a última vez. Eles passam pelo teste do Borsalino com louvor. Não descartando meus amigos, que os tenho poucos, acho que quem sempre passará pelo teste será o cachorro. Aliás, ouso dizer que o cachorro é o Borsalino dos seres vivos. JAIR, Floripa, 12/12/11.
No caso de indumentárias, adornos corporais e perfumes é óbvio que também, existem “clássicos”, só que estes estão mais relacionados ao nome do estilista que lançou a roupa ou adereço. Dior, Madame Coco Channel, Valentino, Cartier, Kenzo e outros famosos dão o tom do que é especial na alta costura, jóias e enfeites, aliás, alta costura já se refere aos grandes estilistas. Ainda nesta área temos um chapéu clássico, o Borsalino. O senhor Giuseppe Borsalino, nascido em 1834 na cidade de Alexandria, Cecília, aprendeu a arte de fabricar chapéus na França em 1850. Voltou para sua terra e montou a fábrica Borsalino de chapéus. Segundo aqueles que entendem, entre eles o ex político Paulo Brossard, o Borsalino é mais do que um simples chapéu, é uma obra de arte. É feito à mão e escovado centenas de vezes até se tornar uma peça única de acabamento impecável. É confeccionado com feltro feito de pêlos de coelhos angorá de uma variedade só encontrada no sul da França. Começou com gangsteres da Cecília, depois os marginais de alto coturno de Chicago adotaram o Borsalino, entendia-se que roubar e matar não eximia o perpetrador de ostentar uma certa classe. Tão integrado foi o chapéu aos gangsteres, que estes eram chamados de Borsalino na Itália.
Um Borsalino está para os demais chapéus assim como o Rolls Royce está para os outros carros, O Borsalino é o Harley Davidson dos chapéus. Muitos acreditam que se trata da mais notável cobertura para cabeças masculinas que já existiu no Planeta.
Por que estou elogiando um adereço que nunca usei e sequer conheço? Pois é, nas relações com nossos semelhantes, sejam relações de amizade, parentesco, profissionais ou ditadas pelas circunstâncias, nós, o mais das vezes involuntariamente, costumamos classificar as pessoas as quais por dever de ofício ou não, nos são próximas. Essa classificação costuma ter um viés de qualidade, isto é, nos perguntamos quanto confiável é tal pessoa, quanto leal ou honesta pode ser etc. Nada diferente do que fazemos ao comprar um sapato, por exemplo. Se vamos optar pela compra, queremos saber se é confortável, durável, elegante e outros atributos. As pessoas não são coisas, mas nos passam certas impressões que nos agradam ou não.
Então, com relação às relações pessoais, existe o que os experts chamam de “teste do Borsalino”. Dizem que existe um teste para revelar se um chapéu é um autêntico Borsalino ou apenas uma imitação desprezível. O teste do chapéu verdadeiro consiste em enrolá-lo como um cilindro, transformá-lo num tubo bem fino e passá-lo por uma aliança de casamento. Se ele sair dessa prova sem marcas permanentes, se voltar à forma original, se a experiência não danificá-lo, então é um Borsalino original.
Serão verdadeiros amigos aqueles que passarem galhardamente pelo teste do Borsalino. Claro que o teste dos amigos é apenas virtual, mas não deixa de ser extremamente rigoroso, e pouquíssimos são aqueles que conseguem passar. Lembrando que o teste da amizade resiste ao tempo e à distância. Particularmente, tenho amigos de infância que fico sem vê-los anos, mas quando nos encontramos parece que foi ontem que falamos a última vez. Eles passam pelo teste do Borsalino com louvor. Não descartando meus amigos, que os tenho poucos, acho que quem sempre passará pelo teste será o cachorro. Aliás, ouso dizer que o cachorro é o Borsalino dos seres vivos. JAIR, Floripa, 12/12/11.
13 comentários:
Ponha uma coisa na cabeça...
Sujeito fino
que se preza,deve usar
Borsalino!
Muita Paz, meu enciclopédico amigo Jair!
Não sei nada de chapéus, mas de cachorros, eu acho que entendo um pouco, pois fui criado junto com um...
E boto todas as fichas no canino!
Abraços, Jair!
Este teu texto é supino
A ele eu tiro o chapéu;
Mesmo sem ser Borsalino
É sincero pra dedéu;
É como aquele canino
Que quando eras menino
Foi teu amigo fiel...
Abraços, amigo.
Meu amigo excelente texto como sempre. Hoje venho especialmente para desejar um Natal muito Feliz e que o novo ano seja repleto de alegria, saúde, paz e amor. “A Melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida.” (autor desconhecido)
Beijinhos
Maria
Mesmo não tendo o hábito de usar chapéu, adorei a postagem... Pois historicamente falando, o Borsalino é um item presente em vários acontecimentos e épocas significativos!
Parabéns pela postagem e Boas Festas!!!!
Abraços!
21 Dez 2011 às 11:38H..... Bom Natal, mano velho e um Ano Novo melhor ainda, saude, sobretudo, eis que é um bem inestinável !
Qto ao Borsalino, tema sob enfoque, hoje, vc quase que se superou ( vez que, provavelmente, outros de iguais jaez virão por aí) , nossos parabéns !!
Morelli
Muito bravo Jair, o polímata, mais uma postagem de tirar um borsalino do coco e saudar o seu autor,
Com admiração
attico chassot
Blogueiro fantástico,
Fico feliz em vir aqui encontrar esses temas tão interessantes tratados com tanta competência e originalidade. Tenho alguns Borsalinos na minha vida: Cinco ou seis bons amigos e dois cães. Abraços e feliz Natal! Volúzia.
Jair, achei ótimo este seu texto. O Borsalino é mais uma griffe refinada como outras tantas que conhecemos e mundialmente conhecidas. Assisti, não lembro quando, a história do Borsalino, quanta perfeição! São marcas de respeito e que confiamos pela sua história.
Porém, fico com o fechamento de seu texto! Nada como um fiel cachorro! E tanto faz de marca ou sem marca... Um guaipeca tem seu grande valor, tanto quanto um de 'griffe'. (não valorizo um cão por sua griffe, quem gosta de animais, isso pouco importa).
Aliás, lembro de ter escutado de um idiota, que cachorro que 'não tem griffe' não é cachorro... E nunca esqueci de tamanha burrice e preconceito. Deveria constar no Guiness Book.
Boas Festas a você e sua família!
Tais
Hoje, passo apenas para te desejar um FELIZ NATAL.
Bj.
Graça
Jair,você me faz rir, e gosto de rir das comparações que você faz.Quando ia sentir pena dos coelhos angorás,que tinham de morrer para viver no borsalino e, inflar de orgulho e satisfação a cabeça daqueles que o exibiriam,você parte para os amigos e também os cachorros...é muito interessante seu estilo.Pense cabeça,pense... Abraços.Luci.
Jair,que texto maravilhoso!Tenho alguns amigos Borsalinos tb,mas de fato é um teste que poucos superam!Adorei sua comparação e seu blog é um Borsalino!bjs,
Obrigado Anne, já li seus escritos e os tenho em alta conta também. JAIR.
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