Vou iniciar o texto citando minhas próprias palavras: “Um vulcão islandês com um nome impronunciável (Eyjafjallajokull) até para quem é fluente no idioma daquele país, mostrou quanto o Homo sapiens é impotente e quanto pode ser refém das forças da natureza”. A maioria das pessoas tende a confundir a história do Planeta com a do homem, esquece que a terra tem mais de quatro bilhões de anos e o Homo sapiens ergueu-se sobre suas próprias pernas há menos de um milhão de anos.
Ao longo dessa alentada história o terceiro planeta passou por “fases” em suas características e aparência que, na maior parte dos casos, foram causadas por catástrofes. De novo, repetindo palavras de outro texto meu: “Os continentes, mares, cadeias de montanhas, desertos, florestas e a vida do Planeta, SEMPRE sofreram reveses naturais, ou foram erigidos graças as colossais forças geológicas ou vindas do espaço. O ciclo de vida e morte, de nascimento e extinção de espécies e de reinos da natureza se sucedem graças aos cataclismos e às ocorrências furiosas que acometem o clima e causam mudanças drásticas nos ambientes”.
Esta visão não é nova, ela resulta de paradigma científico amplamente aceito baseado nos processos conhecidos e provados que moldaram o Planeta até sua forma atual que, diga-se, não é e nem pode ser definitiva, ou seja, é apenas a forma atual, diferente do passado e do que vier a ser no futuro.
No século XVIII e início do XIX, acreditava-se que as grandes formações terrestres houvessem resultado de processos catastróficos, infligidos à Terra e seus ocupantes por um Criador iracundo e vingativo. Uma mudança importante sobre essa visão mística, liderada pelo geólogo inglês Charles Lyell, reconheceu a importância de processos graduais como a erosão, a glaciação, a sedimentação e a lenta formação de recifes, em substituição à concepção catastrófica. Essa doutrina denominou-se uniformitarismo. Hoje as ciências da Terra estão passando por uma segunda revolução, deflagrada pelas notáveis descobertas da tectônica de placas, e a ênfase voltou a incidir sobre eventos mais dramáticos, agora livres de misticismos. Por isso, cresce progressivamente a convicção de que grandes intervenções eventuais como erupções vulcânicas e colisões de asteróides tiveram importância fundamental na história do Planeta e na vida nele existente.
Uma teoria cativante e cada vez mais aceita, porque existem fortes indícios de sua ocorrência, é a de que a colisão de um asteróide com a Terra há 65 milhões de anos, e a nuvem de poeira que ela produziu, a qual persistiu durante anos, levou a alterações climáticas que acarretaram a extinção quase total da vida no período Cretáceo. Acredita-se que três quartos da vida deixaram de existir, inclusive os formidáveis dinossauros.
Hoje, porém, é largamente admitido que eventos significativos da mesma natureza, ainda que não da mesma monta, têm ocorrido no tempo histórico por obra de erupções vulcânicas, mais que por qualquer outro fenômeno. Por ordem cronológica, alguns vulcões que causaram mais alterações climáticas e orográficas na face do Planeta, do que qualquer intervenção humana ao longo da existência do homem por aqui; ou de outros fenômenos como maremotos, terremotos, incêndios, enchentes e quedas de asteróides.
Esta visão não é nova, ela resulta de paradigma científico amplamente aceito baseado nos processos conhecidos e provados que moldaram o Planeta até sua forma atual que, diga-se, não é e nem pode ser definitiva, ou seja, é apenas a forma atual, diferente do passado e do que vier a ser no futuro.
No século XVIII e início do XIX, acreditava-se que as grandes formações terrestres houvessem resultado de processos catastróficos, infligidos à Terra e seus ocupantes por um Criador iracundo e vingativo. Uma mudança importante sobre essa visão mística, liderada pelo geólogo inglês Charles Lyell, reconheceu a importância de processos graduais como a erosão, a glaciação, a sedimentação e a lenta formação de recifes, em substituição à concepção catastrófica. Essa doutrina denominou-se uniformitarismo. Hoje as ciências da Terra estão passando por uma segunda revolução, deflagrada pelas notáveis descobertas da tectônica de placas, e a ênfase voltou a incidir sobre eventos mais dramáticos, agora livres de misticismos. Por isso, cresce progressivamente a convicção de que grandes intervenções eventuais como erupções vulcânicas e colisões de asteróides tiveram importância fundamental na história do Planeta e na vida nele existente.
Uma teoria cativante e cada vez mais aceita, porque existem fortes indícios de sua ocorrência, é a de que a colisão de um asteróide com a Terra há 65 milhões de anos, e a nuvem de poeira que ela produziu, a qual persistiu durante anos, levou a alterações climáticas que acarretaram a extinção quase total da vida no período Cretáceo. Acredita-se que três quartos da vida deixaram de existir, inclusive os formidáveis dinossauros.
Hoje, porém, é largamente admitido que eventos significativos da mesma natureza, ainda que não da mesma monta, têm ocorrido no tempo histórico por obra de erupções vulcânicas, mais que por qualquer outro fenômeno. Por ordem cronológica, alguns vulcões que causaram mais alterações climáticas e orográficas na face do Planeta, do que qualquer intervenção humana ao longo da existência do homem por aqui; ou de outros fenômenos como maremotos, terremotos, incêndios, enchentes e quedas de asteróides.
79 d.C. Vesúvio (Itália)
1586 Kelut (Indonésia)
1672 Merapi (Indonésia)
1660 Guagua Pichincha (Equador)
1783 Laki (Islândia)
1792 Unzen (Japão)
1815 Tambora (Indonésia)
1883 Krakatoa (Indonésia)
1902 Monte Pelée (Martinica)
1912 Katmai (Alaska)
1929 Santiaguito (Guatemala)
1956 Bezymianny (Rússia)
1963 Surtsey (Islândia)
1980 St. Helens (USA)
1982 El Chichón (México)
1985 Kilauea (Havai)
1985 Nevado del Ruiz (Colômbia)
1991 Pinatubo (Filipinas)
1998 San Cristobal (Nicarágua)
1998 Pacaya (Guatemala)
2002 Etna (Itália)
2002 Shiveluch (Rússia)
2002 Nyragongo (República Democrática do Congo)
2010 Eyjafjallajokull (Islândia)
1586 Kelut (Indonésia)
1672 Merapi (Indonésia)
1660 Guagua Pichincha (Equador)
1783 Laki (Islândia)
1792 Unzen (Japão)
1815 Tambora (Indonésia)
1883 Krakatoa (Indonésia)
1902 Monte Pelée (Martinica)
1912 Katmai (Alaska)
1929 Santiaguito (Guatemala)
1956 Bezymianny (Rússia)
1963 Surtsey (Islândia)
1980 St. Helens (USA)
1982 El Chichón (México)
1985 Kilauea (Havai)
1985 Nevado del Ruiz (Colômbia)
1991 Pinatubo (Filipinas)
1998 San Cristobal (Nicarágua)
1998 Pacaya (Guatemala)
2002 Etna (Itália)
2002 Shiveluch (Rússia)
2002 Nyragongo (República Democrática do Congo)
2010 Eyjafjallajokull (Islândia)
A manifestação cinematográfica do Eyjafjallajokull na Islândia é apenas a última, aliás, bem pequena em relação a outras, de um desses fenômenos destinados a deixar marca indelével que altera em definitivo o clima de uma grande região densamente habitada, influindo na história do Planeta. Por exemplo, a erupção do Tambora em 1915 causou, em 1916, o que se convencionou chamar de "o ano sem verão", ano em que centenas de milhares de pessoas morreram de fome, na Ásia e na Europa, devido a quebra das lavouras. Esta erupção é mais uma página na história do Planeta que se escreve a fogo, lava e cinzas. Comparando com a história humana, representa algo como a revolução francesa ou a revolução russa, por exemplo. Mesmo que não venhamos a observar de imediato grandes mudanças climáticas a partir dessa erupção, elas vão aparecer a médio e longo prazos. Quem viver verá. JAIR, Floripa, 21/04/10.
4 comentários:
Como não temos vulcões ativos ou terremotos fortes, temos que nos contentar com nossas enchentes e com nossos políticos. Erupções vulcânicas pelo menos formam um solo riquíssimo para a vida vegetal - por isso tantas fazendas nas proximidades de vulcões. E os políticos servem pra quê?
Não sei por que o Jair reclama tanto do nome deste vulcão!
Eu vi na TV um cara da Islândia mostrar claramente como se pronuncia:
- Nhhnhakjmnhhumnnh!
Mas, falando sério,se 65 milhões de anos é o que se estima apenas para a nossa era, quanto disso representa a duração da civilização humana? Um percentual bem pouco significativo!
E se tem indícios de três eras anteriores, com durações possivelmente bem maiores!
Realmente, estamos vivendo apenas um breve instante na vida do planeta e tudo parece nos surpreender. Eventos que vemos como exceções às vezes são apenas periódicos, mas em ciclos de milhões de anos!
Coisas nessa escala de tempo são difíceis até de imaginar!
Respondendo à questão colocada pelo Barcellos: me arrisco a dizer que a maioria dos políticos atuais deste país serviriam também para fertilizar o solo para a vida vegetal.
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HUGOBARBOZZA
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