NOTAS PEQUENAS, GRANDES E ANTIGAS
É mais comum do que se imagina o tamanho das células acompanhar o valor nominal delas, isto é, quanto maior o valor facial maiores dimensões tem o dinheiro. O Brasil já usou esse sistema em várias ocasiões com algum sucesso, aliás, segundo notícias recentes está para ser mudada a cara de nosso Real e será implantada, novamente, a diferenciação por tamanho. Abaixo algumas notas de meu acervo, as quais selecionei pelo tamanho ou pela antiguidade.
NOTAS DE PEQUENAS DIMENSÕES
Cédulas de Anna de 5,5 X 4,2 Cm, décima sexta parte da Rúpia, emitida em 1934. Trata-se de moeda divisionária segundo o costume inglês de dividir seus valores por múltiplos de quatro. Papel e impressão ruins com se pode esperar de notas de tão baixo valor. Há indícios que foram emitidas em papel por falta de metal na época.
Esta é a menor nota de meu acervo, selo postal russo de valor um kopek, centésima parte do Rublo, transformado em cédula através de carimbo na frente e no verso, em 1918. Dimensões 3,0 X
Belíssima nota de 1919, impressa em cores no verso. Medindo 4,7 X 3,7, é a menor cédula de Rublo já registrada. Nessa época as cédulas russas cresciam proporcionalmente a seus valores faciais, de modo que mil Rublos, por exemplo, era algo com dimensões bem alentadas.
Esta cédula de um Pfennig, centésimo de Mark, moeda oficial da Alemanha, é de 1918 e mede 3,8 X
CÉDULAS GRANDES
Olha aí essa grandona, bela cédula de Libra emitida pelo Banco Real da Escócia em 1914. É uma nota "one face" impressa em papel de palha de arroz de ótima qualidade. Mede 16,2 X
Cédula de 1865, Peso paraguaio, hoje o dinheiro lá é Guarani. Esta nota de bordas irregulares, assim é porque elas vinham impressas em folhas que continham mais de uma nota e eram cortadas que sem critério pelo banco que as passava para aos clientes. Impressa em apenas um lado do papel, faz parte de uma longa emissão que contemplou o gado vacum como figura de face.
Vinte Mil réis supostamente de 1833 tipo "one face" como a maioria das cédulas daquele tempo. Impressão monocromática, papel de qualidade inferior e bordas irregulares, mas desenho ilustrativo e bordas bem elaborados.
Esta é a cédula mais antiga de minha coleção. Trata-se de uma Libra "one face", de impressão simples e papel bem ordinário, emitida em abril de 1789, ano da revolução francesa. Diferente do dinheiro ao portador, o qual é a norma que conhecemos e usamos, este é um certificado de depósito bancário emitido no nome de Jonathan Olmsted, e deve ser honrado por quem o emitiu, o estado de Connecticut, USA. O que significa isso na prática? Significa que se o senhor Jonathan quiser usá-la na compra de um bem ou serviço, poderá fazê-lo tranquilamente, quem a receber terá garantia do governo, geralmente através de um banco, que existe uma quantia depositada correspondente em metal precioso, a qual poderá ser resgatada no valor facial da "nota de dinheiro", desde que assinada no verso pelo detentor original. Aliás, no verso desta, existe assinatura do senhor Jonathan e mais outra que pode ter sido de algum avalista ou coisa parecida. Curiosidades desta cédula: ela é pré impressa e com lacunas a serem preenchidas pelo emitente com os dados de quem a receberá, e o furo existente significa que ela foi resgatada e não mais tem valor, está anulada para fins fiduciários. JAIR, Floripa, 02/04/10.
4 comentários:
Legal, mais um pouco de cultura numismática.
Dinheiro graúdo, dinheiro miúdo... a padronização das dimensões das cédulas facilita a ação dos falsários, que usam produtos químicos para "apagar" uma cédula de baixo valor e colocar sobre o papel em branco a impressão falsificada de uma cédula de alto valor. Isso garante a qualidade original do papel e dificulta a identificação da contrafação. Já aconteceu no Brasil...
Salvo engano, algumas falsificações históricas têm valor para colecionadores - são anunciadas como "falsificações legítimas da época" e valem mais que o dinheiro legítimo. Com o Jair, a palavra.
Jair, esta tal "libra one-face" me parece mais uma espécie de cheque visado daquela época.
Muita coisa interessante nesta série de artigos!
Valeu!
Pode nos faltar dinheiro em nossas carteiras e cotidiano, porém não neste blog!!! rsss
contribuição de: Saulo
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