De acordo com a teoria da evolução, a cada mutação do indivíduo que implique em vantagem sobre seus semelhantes, corresponde uma chance maior em que este sobreviva e, sobrevivendo, poderá deixar descendentes que perpetuem essa vantagem, tornando-a definidora de uma variação da espécie que poderá predominar sobre outras, pelos menos numericamente.
Há consenso entre cientista e até entre pessoas comuns, que o cérebro humano é a característica que mais o diferencia dos demais primatas. Maior cérebro, ou relação maior entre tamanho do cérebro e massa corporal, define mais inteligência que, como sabemos, coloca o Homo sapiens numa categoria de seres inteligentes sem concorrência. Mas, ao que devemos esse cérebro grande?
Pois bem, estudiosos da anatomia humana como o inglês Sir Wilfred Le Gros Clark, sugerem que, durante a evolução do Homo sapiens, houve um “acidente” genético anatômico, uma mutação benéfica, que tornou a pelve das mulheres mais avantajadas. Decorre que, essa mutação provavelmente representou uma adaptação que permitiu o nascimento vivo de bebês com cérebro grande. As mulheres de pelves estreitas continuaram a ter bebês com cérebros menores, pois ao conceberem bebês com cabeças maiores, morriam no parto e, geralmente, os bebês também morriam.
A seleção natural favorecia as calipígias (bundudas) em detrimento das menos dotadas de glúteo, admitindo-se que pelves desenvolvidas correspondam a glúteos maiores também. Essa afirmação parece ser corroborada no livro “O gene egoísta” de Richard Dawkins, onde ele apresenta uma pesquisa feita com povos primitivos, portanto, alheios a influências culturais nossas que criam modelos a ser desejados de mulheres: magras e retilíneas. A pesquisa permitiu que homens pudessem escolher entre vários tipos físicos de mulheres, aquelas que seriam mais adequadas para casar e ter filhos. Invariavelmente eles escolhiam as que tinham pelves mais largas; as popozudas no linguajar atual.
O surgimento simultâneo de cabeças humanas maiores e nádegas femininas desenvolvidas ilustra generosamente como funciona a seleção natural. As mães com pelves hereditariamente grandes estavam habilitadas dar à luz crianças com cérebros grandes que, em virtude de sua inteligência superior, eram capazes de competir com êxito na idade adulta com a prole de cérebro pequeno das mulheres de pelves estreita. Aquele que fosse capaz de confeccionar ou tivesse maior habilidade de manusear uma machadinha de pedra, por exemplo, era mais capaz de vencer uma contenda, ou capturar o animal que lhe ia fornecer as proteínas. A invenção, manufatura e o manuseio de uma machadinha, como sabemos, exigiam maiores volumes cerebrais.
Os anatomistas afirmam que hoje é improvável que um aumento considerável na pelve e no canal de parto resulte em algum benefício para as mulheres. Se isso ocorrer deverá comprometer a capacidade da mulher de caminhar, sua região pélvica já está suficientemente desenvolvida.
Quando o assunto é seios grandes, não há sugestão evolucionista alguma que eles também sejam produtos de mutação que beneficiou suas portadoras, contudo, é bastante óbvio que machos sentem atração por fêmeas de mamas desenvolvidas pelo fato destas serem o protótipo da fertilidade.
Segundo essa linha, digamos “anatomista” da evolução, cérebro e nádega tem tudo a ver. Então não devemos nos espantar do motivo pelo qual a maioria dos homens tem fixação em bundas femininas. Eles estão obedecendo a um imperativo categórico kantiano, atávico e irrevogável, a evolução assim o dispõe. JAIR, Floripa, 26/04/10.
ADENDO:
Parece que o desejo e a curiosidade do homem pelas mamas e ancas grandes remonta à pré-história. A representação mais antiga de um ser humano está retratada no corpo de uma mulher com tetas e ancas fartas. A Vênus de Willendorf, uma estatueta do paleolítico datada de
Fonte: Google
12 comentários:
Antes que algum H. Sapiens venha com o argumento de que o cachalote tem um cérebro de 7 a 9 kg e a sua fêmea uma pelve capaz de dar à luz filhotes de uma tonelada ou mais, quero dizer que a relação entre a massa do cérebro e a do corpo - como você bem citou - parece ser mais importante que o tamanho absoluto do cérebro. Nesse ponto, nós damos de goleada. Ademais, os seres humanos (ou pelo menos alguns deles) elegeram o "pensar" como seu trunfo principal, na luta pela sobrevivência, em detrimento da capacidade de correr, nadar ou mergulhar dos animais, que usam o cérebro para melhor exercerem essas capacidades. Portanto, ponto para as mulheres popozudas, os homens pensadores e os blogueiros inteligentes. Ponto para você.
Enfim uma explicação cientifica para a preferencia nacional...rs
TENHO A CERTEZA DE QUE ESTE TEMA ESTA, "ABUNDANTEMENTE", RECHEADO DE VERDADES.
EU MESMO JA MEDITEI SOBRE ESTA PREFERÊNCIA E JA HAVIA TIRADO MINHAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES: É UM IMPULSO ANIMALESCO, POREM, QUE UMA BUNDA BEM FEITA DEIXA A GENTE BALANÇADO ISSO DEIXA...
Eu sabia, eu sabia, eu sabia...
Olá Jair.
Que bom que gostou do MIX!
sou louca por livros!
Venha sempre por aqui. Temos muitas atividades literárias!
To te seguindo ok?
bj
Interessante e elucidativa a sua pesquisa referente NÁDEGAS.
Ficou claro o fenômeno: BUNDAS FEMiNINAS X CABEÇAS MASCULINAS.
Abraços,
Tetê.
Traçando-se uma inferência inversa, podemos concluir que a preferência que os tais estilistas da moda tentam nos impingir, fixando como ideais de beleza os padrões esqueléticos, visa talvez privilegiar o nascimento de pessoas de cérebro pequeno, como eles!
È isso aí meu caro Leonel. Quem gosta de osso é osteoporose. talvêz a intenção deles seja diminuir a concorrencia...
Sensacional! Do título ao adento o texto esta científicamente prezeiroso!
Ass.
De algum lugar próximo a Tijuana.
Hummm! Tá explicado então o porquê da minha fixação pela Mulher Melancia.
Olá,
Bom, como tenho meus ossos bem protegidos (rs...), é bastante interessante a abordagem científica do assunto.
Beijos da nora,
Felicíssima a visão do blogueiro Jair, infelizmente tem-se a idéia que os homens brasileiros só pensam "naquilo". mas felizmente não somos todos tão somente admiradores de "melancias" e "melões". Viva às mulheres brasileiras, independentemente de quaisquer raça, cor ou credo.
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