Já publiquei vários textos sobre cães, desde considerações sobre os formidáveis vira-latas até algumas curiosidades a respeito dos cães selvagens brasileiros, passando por características de raças variadas e histórias de fidelidade canina. Gosto de cães e, independente de considerá-los, como reza o adágio, “os melhores amigos do homem”, tenho por eles uma admiração muito especial por causa de sua fidelidade. Quem assistiu ao filme “Sempre ao Seu Lado” (2009) com Richard Gere, percebeu a que grau de fidelidade ao dono pode chegar um cachorro, mesmo porque o filme foi baseado na história real de um professor japonês.
Mas, a relação homem-cão é muito antiga, remonta há dez mil anos quando as primeiras tribos humanas começaram a deixar o nomadismo de caçadores-coletores e passaram a se fixar na terra tornando-se pastores-agricultores, isto é, praticamente desde os primeiros alvores do que chamamos civilização. Sabe-se que esses homens primitivos domesticaram o lobo asiático e dele, através de seleção genética, foram criando as primeiras “raças” que acabaram dando a origem às centenas que conhecemos na atualidade.
Para nós pode parecer estranho que os Homo daquele tempo tenham domesticado o lobo, contudo, devemos lembrar que o animal – selvagem ou não – procura fundamentalmente duas coisas: alimento e segurança. Portanto é razoável supor que os primeiros aglomerados humanos produziam rejeitos que atraiam os animais, principalmente em épocas de escassez. Ossos e restos de comida deviam ser convidativos aos lobos famintos. Uma vez que os animais se aproximavam, os mais mansos podiam ser capturados e mantidos em cativeiro, ou mesmo apenas dentro do perímetro da aldeia onde recebiam alimentos, se sentiam seguros e podiam procriar sem problema. E, como não existe almoço grátis, os homens obtinham uma fonte de proteínas segura para os dias difíceis e usavam os animais como fonte de calor nas noites invernais, além de contar com eles como sentinelas de suas casas. Era uma simbiose perfeita em que ambos ganhavam e que continua existindo em certas sociedades primitivas até hoje.
Pois bem, sempre chamou-me a atenção a irresistível atração entre populações pobres e os cães. Onde existe gente pobre existe cachorros em quantidades significativas. Mendigos atraem cães e são atraídos por eles também. Morei aqui em Floripa num condomínio recém formado em um bairro de classe média baixa. Ao me mudar não havia muitos moradores no condomínio, de modo que havia bem poucos cachorros ainda. Fiquei observando como evoluiria a população canina então. Não foi preciso esperar muito, a comunidade tinha duzentas casas e quando umas cento e cinquenta estavam ocupadas já havia uma quantidade de cães que empatava com o número de ocupações. E daí para frente o número de cachorros só fez aumentar. Não sei como está hoje, porque de lá me mudei, mas garanto que quando saí havia mais cães que famílias.
Para contrariar minha assertiva que cães e pobres se atraem como pólos opostos de imãs, conto que quando estive em Cuba há cinco anos, esperava encontrar muitos cachorros nos bairros pobres de Havana, enganei-me. Apesar da extensa e visível pobreza das classes operárias de Cuba, pude observar que os canídeos eram quase inexistentes pelas ruas e casas. Sempre que visito outros países costumo escrever minhas impressões primeiras sobre o que vejo de peculiar, exótico, curioso ou mesmo comum na sociedade. Em virtude, produzi um texto meio jocoso: “Donde están los perros?” quando voltei daquela Ilha Caribenha. Confesso que não me atrevi a publicá-lo por que poderia parecer meio preconceituoso com as pessoas de lá, mas, principalmente, preconceituoso com os cachorros. Não tenho dúvidas que não sou habilitado a falar sobre o regime político da Ilha. E mais ainda, é impossível escrever qualquer coisa sobre Cuba sem acrescentar uma opinião política a tudo que disser, e política não é minha praia.
Mas, sem qualquer ranço ou viés político, os cães são os animais sem os quais a humanidade não teria tomado o rumo que tomou no decurso civilizatório que nos tornou o que somos hoje. Os cães sofreram um processo evolutivo artificial que os tornou, cada vez mais, seres adaptados às necessidades e idiossincrasias humanas em todos os níveis e consoantes todas nossas exigências do dia-a-dia. Desde o cãozinho ornamental cheio de fitinhas e laçarotes das madames até os cães pastores que contribuem para a segurança de rebanhos em qualquer parte do mundo, passando por sentinelas e condutores de deficientes visuais, ou, nas guerras onde eles foram condicionados a levar explosivos para baixo de tanques inimigos, como fizeram os russos, canídeos dão uma contribuição fundamental para quase tudo que fazemos. Até mais que isso, os cães são nossas companhias e nossos cúmplices em toda nossa história, nós e eles partilhamos uma vida comum e não há como referir-se a cultura dos povos e nações sem fazer referência a importância que eles tiveram e tem no rumo da civilização que construímos. Estejamos certos, se um dia o homem conquistar o espaço sideral e conseguir explorar outros planetas, o cão estará ao seu lado. Viva nossos fiéis companheiros de jornada! JAIR, Floripa, 21/09/11.
Mas, a relação homem-cão é muito antiga, remonta há dez mil anos quando as primeiras tribos humanas começaram a deixar o nomadismo de caçadores-coletores e passaram a se fixar na terra tornando-se pastores-agricultores, isto é, praticamente desde os primeiros alvores do que chamamos civilização. Sabe-se que esses homens primitivos domesticaram o lobo asiático e dele, através de seleção genética, foram criando as primeiras “raças” que acabaram dando a origem às centenas que conhecemos na atualidade.
Para nós pode parecer estranho que os Homo daquele tempo tenham domesticado o lobo, contudo, devemos lembrar que o animal – selvagem ou não – procura fundamentalmente duas coisas: alimento e segurança. Portanto é razoável supor que os primeiros aglomerados humanos produziam rejeitos que atraiam os animais, principalmente em épocas de escassez. Ossos e restos de comida deviam ser convidativos aos lobos famintos. Uma vez que os animais se aproximavam, os mais mansos podiam ser capturados e mantidos em cativeiro, ou mesmo apenas dentro do perímetro da aldeia onde recebiam alimentos, se sentiam seguros e podiam procriar sem problema. E, como não existe almoço grátis, os homens obtinham uma fonte de proteínas segura para os dias difíceis e usavam os animais como fonte de calor nas noites invernais, além de contar com eles como sentinelas de suas casas. Era uma simbiose perfeita em que ambos ganhavam e que continua existindo em certas sociedades primitivas até hoje.
Pois bem, sempre chamou-me a atenção a irresistível atração entre populações pobres e os cães. Onde existe gente pobre existe cachorros em quantidades significativas. Mendigos atraem cães e são atraídos por eles também. Morei aqui em Floripa num condomínio recém formado em um bairro de classe média baixa. Ao me mudar não havia muitos moradores no condomínio, de modo que havia bem poucos cachorros ainda. Fiquei observando como evoluiria a população canina então. Não foi preciso esperar muito, a comunidade tinha duzentas casas e quando umas cento e cinquenta estavam ocupadas já havia uma quantidade de cães que empatava com o número de ocupações. E daí para frente o número de cachorros só fez aumentar. Não sei como está hoje, porque de lá me mudei, mas garanto que quando saí havia mais cães que famílias.
Para contrariar minha assertiva que cães e pobres se atraem como pólos opostos de imãs, conto que quando estive em Cuba há cinco anos, esperava encontrar muitos cachorros nos bairros pobres de Havana, enganei-me. Apesar da extensa e visível pobreza das classes operárias de Cuba, pude observar que os canídeos eram quase inexistentes pelas ruas e casas. Sempre que visito outros países costumo escrever minhas impressões primeiras sobre o que vejo de peculiar, exótico, curioso ou mesmo comum na sociedade. Em virtude, produzi um texto meio jocoso: “Donde están los perros?” quando voltei daquela Ilha Caribenha. Confesso que não me atrevi a publicá-lo por que poderia parecer meio preconceituoso com as pessoas de lá, mas, principalmente, preconceituoso com os cachorros. Não tenho dúvidas que não sou habilitado a falar sobre o regime político da Ilha. E mais ainda, é impossível escrever qualquer coisa sobre Cuba sem acrescentar uma opinião política a tudo que disser, e política não é minha praia.
Mas, sem qualquer ranço ou viés político, os cães são os animais sem os quais a humanidade não teria tomado o rumo que tomou no decurso civilizatório que nos tornou o que somos hoje. Os cães sofreram um processo evolutivo artificial que os tornou, cada vez mais, seres adaptados às necessidades e idiossincrasias humanas em todos os níveis e consoantes todas nossas exigências do dia-a-dia. Desde o cãozinho ornamental cheio de fitinhas e laçarotes das madames até os cães pastores que contribuem para a segurança de rebanhos em qualquer parte do mundo, passando por sentinelas e condutores de deficientes visuais, ou, nas guerras onde eles foram condicionados a levar explosivos para baixo de tanques inimigos, como fizeram os russos, canídeos dão uma contribuição fundamental para quase tudo que fazemos. Até mais que isso, os cães são nossas companhias e nossos cúmplices em toda nossa história, nós e eles partilhamos uma vida comum e não há como referir-se a cultura dos povos e nações sem fazer referência a importância que eles tiveram e tem no rumo da civilização que construímos. Estejamos certos, se um dia o homem conquistar o espaço sideral e conseguir explorar outros planetas, o cão estará ao seu lado. Viva nossos fiéis companheiros de jornada! JAIR, Floripa, 21/09/11.
29 comentários:
Bom dia, Jair.
Eu também adoro os animais.
Estou lhe seguindo e voltarei depois, para apreciar com mais calma.
Gosto de ler devagar.
Um grande abraço.
Maria Auxiliadora (Amapola)
É... e o primeiro ser vivo no espaço (e sua primeira vítima) foi uma cadelinha chamada Laika...
Você, meu camarada, certamente merece o título de "melhor amigo do melhor amigo do Homem". Abraços.
Eu além de gostar de animais de forma em geral tenho predileção pelos cachorros .
A fidelidade de um cachorro me perdoe quem achar que sou louca é mil vezes maior que de um ser humano que jura ser amigos para sempre.
Tenho uma cachorrinha onde estou ela esta cuido melhor dela do que de mim mesma.
Toda sexta vai tomar banho sabendo que o cachorro sente frio nos pés dias de frio além da roupa coloco a sapatilha dela.
Quando saio de casa poço deixar tudo que é meu no chão ninguém toca ou ela morde.
E concordo plenamente que são nossos melhores amigos mesmo levando umas palmadas nunca fica de mal do seu dono que na verdade para mim são filhos dos mais obedientes.
Linda postagem a sua meu amigo beijos linda tarde.
Evanir
Olá, Jair!
Meu amigo, você abordou um tema comum e que tem aos montes espalhados pela internet... Mas com grandes diferenças nos detalhes e profundidade da transcrição.
Você acabou por buscar e nos oferecer fragmentos históricos do que se é possível saber sobre o encontro inicial do homem com o atual cão, que tanto amamos.
Eu que gosto muito de animais (sem exceções) e que crio uma cadela e duas gatinhas, não sabia dessa façanha humana em cativarem esses animais selvagens e adaptá-los ao seu convívio em uma situação meramente natural. Proposital ou casual, isso aconteceu e certamente foi um dos maiores feitos nessa área para a humanidade, pois esses “amiguinhos” são super eficientes, mesmo os que não são treinados e só desenvolvendo suas inteligências seguindo nossas rotinas.
Agora, lendo seu texto, me prendi no que citou sobre uma imaginável e talvez possível aventura científica espacial, onde se poderiam enviar cães ao desconhecido... Bem, digo que certamente o sucesso dessa operação seria evidente, porque já temos o resultado de uma experiência equivalente quando os russos enviaram a cadela “Laika”, o primeiro ser vivo a atravessar a atmosfera terrestre a bordo do Sputnik II, que completará no próximo dia 3 de novembro, 54 anos.
Jair, essa foi uma ótima abordagem que enriqueceu nossos conhecimentos e por ela, agradeço.
Parabéns e um grande abraço!
* Ah! Deixo claro que sou contra a utilização de quaisquer animais em experiências e acredito que essa seja a sua opinião também e, como há loucos pra tudo, que vão os homens mesmo.
Acho que quase todo mundo adora animais, e realmente eles são MUITO importantes nas nossas vidas. No meu caso eu prefiro os cachorros, parecem ser os mais amigáveis.
Adorei seu texto, mas acho que o tema ajudou muito, e também sua forma de escrever... e ótimo ler seus textos :)
Beijos, Duda.
Olá Jair como sempre , vc escreve assuntos que todo mundo escreve, mas de um jeito peculiar que te faz um escritor realmente especial, estou sempre por aqui, lendo e aprendendo, esse texto sobre os cães é fantástico. abraço
Fala Jair, muito bom o texto. Nunca simpatizei totalmente com cães devido a minha ciração, meu pai nunca gostou dos canídeos (talvez por algum trauma), então passei a achá-los sem importância ou que não merecessem atenção, mas crescendo um pouco pude perceber que são mesmo de grande valia à humanidade, desde experiências científicas (não sou a favor mas acredito que muito foi feito devido a seu sacríficio) até cães-guia, que são fundamentais para a qualidade de vida de quem os necessita. Aprendi a gostar deste animal ainda mais após conhecer sua "sobrinha" e perceber o amor que ela tem por cães e por qualquer outro animal. Enfim, hoje posso dizer que sou fã de cachorros... Um abraço.
Jair:
Não tenho dúvidas que o melhor amigo do homem é o cão. São fiéis e amigos. E amam. Se não se pode atribuir esta palavra, este sentimento que vêm deles, não sei que palavra poderia substituir. Escrevi vários textos sobre eles, também.
A gratidão que encontramos neles muitas vezes não encontramos nos humanos. Os cães são usados em clínicas de idosos com depressão e crianças com algumas doenças mentais.
Eles preenchem uma lacuna que parece que foi guardada para eles. Não dá pra falar de animais sem falar com o coração, eles pedem pouco em troca do que dão!!
Grande abraço.
Tais
Esqueci de dizer que com seu texto percebi ainda mais a valia que estes bichos tem para nós, seres racionais(?)... Abraço.
Olá,
Li o outro texto e este também. Me identifiquei muito, uma vez que amo cachorros. Eles nos trazem alegrias e companhia. Quandontiver oportunidade, quero ter alguns em casa. Beijos da nora,
Boa tarde Jair!
Seu texto me fez recordar os cães da infância; a Bilontra,o Totó,o Bilu... os mais lembrados.Hoje curto o Bethoven do mano,incomparável... Este levanta com o focinho o nosso braço para ganhar o abraço!!! São realmente incríveis.Luci.
Ótimo texto...! Adoro animais, em especial os cães, devido a sua fidelidade e inteligência!
Parabéns meu Nobre Colega, seu Blog está cada vez melhor, mais interessante e informativo!
Vida Longa e Próspera!
Animais: de estimação, companheiros, "empregados",domésti-cáveis,de pelo, de pena ou de escama, não importa, na verdade o que importa é a relação de respeito que se estabeleça com eles. Seu Post se atém aos Cães, em um texto muito agradável e gostoso de ler e eu viajei imaginando porque assim não tratamos todos os animais, sem matanças para uma pseudo necessidade de "saúde"?
Bem, quanto à conquista do espaço, sem dúvida os cães nos precederam, nas figuras de Laika e outras cadelinhas russas...
E como diz o velho deitado:
Mais vale um cachorro amigo do que um amigo cachorro!
Falando sério, os cães, assim outros animais, são os inocentes deste planeta!
Abraços, Jair!
Meu caro Jair,
na madrugada de Manaus, leio teu texto canino. Conecto tua trazida acerca da origem ao que Richard Dawkins, em seu último livro “O maior espetáculo da terra”(meu livro de bordo nesta viagem apesar do volume) escreve sobre a origem de totós os cães a partir do lupus e não alguns do chacal como se especulava.
Parabéns por mais um excelente texto e fruída primavera,
achassot
Quanta saudade de Dunga e Pitoco, dois amados cães que tive e que ja se foram...
Joel
Jair... Sei não, mas parece que você vai ter que abrir mais uma página só para comentários sobre animais de estimação...
Desculpe-me por fazer emendas aos comentários, mas envio um recado para a jovem que se identifica como sendo sua nora: Não espere muito para adotar um cãozinho ou gatinho, você vai se surpreender e ficar muito feliz com essa boa ação, além do que, muitos desses bichinhos não suportam mais esperar na longa espera para serem adotados (jamais compre, não sustente a quem facilita a reprodução por dinheiro). Faça isso rápido e sem medo... Boa sorte!
Continuando: Eu protagonizei uma linda história com um cão Pastor Alemão que eu roubei de um vizinho (roubei mesmo, de invadir a casa, colocar o cão no meu carro e levá-lo ao veterinário, depois a minha casa passou a ser nossa casa...) Pena que ele só durou por mais um ano. Amei o Bob (esse era o nome dele)! Choro a morte daquele cara até hoje.
Escrevi um roteiro de curta-metragem que depois de registrar pretendo procurar por uma produção e tentar as telas para que outros conheçam a relação do homem com um cão, onde o sacrifício, o perigo de ser preso, os obstáculos e outros pormenores insignificantes diante disso são aniquilados pelo poder do amor.
Obrigado Jair, desculpe-me mais uma vez pela invasão do espaço.
Abraços e mais abraços para todos os seus leitores que prezam pela qualidade do que lêem...
A gata (Réu) que convive comigo há 10 anos e a cadelinha (Dolly) que chegou no ano passado foram ambas abandonadas nas ruas por pessoas que (eu acho) nem mereciam fazer parte da raça humana.
Dolly e seus irmãos (4) foram abandonados ainda na barriga da mãe, um Cocker-Spaniel de muita classe, deixada na entrada da minha rua...
Mas, hoje vivem felizes e brincam à vontade, me dando muita satisfação em só de ver suas artes...
Abraços, Jair!
Ah, nesse assunto não posso omitir meu singelo comentário.
Possuindo atualmente 33 cães SRD (sem raça definida) em minha casa, todos recolhidos de abandono ou maus tratos, sou o próprio exemplo de que animais e pobreza se atraem. Essa minha situação até mesmo já foi tema em algum blog.
Porém, tudo na vida é mutável e muitas vezes a vida nos prega peças. Tanto esses cães e até mesmo eu que um dia fomos relegados a um segundo plano, hoje andamos de taxi. kkk
É um prazer muito grande as vezes ver meu carro ser solicitado e ter que responder que infelizmente não poderemos atender porque estamos transportando uma "autoridade" para consulta veterinária.
Aproveito a oportunidade e fazer o marketing do veículo. Fiat Siena 2011 com air bag´s duplos, ar condicionado, rastreado por satélite e atendimento personalizado. Para humanos ou animais, chame fone (48) 8451-6252 Teremos o maior prazer em atendê-los - sem distinção de credo, raça, cor ou opção sexual.
Obs. Animais carentes são transportandos gratuitamente.
Taxista pobre e animais abandonados agradecem a preferência.
Não sei se o nobre escritor já percebeu, mas sempre que o assunto é sobre animais, os comentários simplesmente bombam.
Até mesmo este humilde taxista dá sinal de vida.
Isso demonstra a importância dos animais em nossas vidas. Espero que um dia os humanos os respeitem e os considerem com a devida importância que merecem.
Ass. Taxista e seus animais carentes.
Caro Zé,
Sim, eu percebi que animais são um tema que atrai leitores, até você aparece, obrigado pelos comentários. Estou escrevendo neste momento e acabo de descobrir que cães e livros são parecidos na sua fidelidade. Leia este trecho que acabo de escrever sobre livros: "Mas eles, os livros, mesmo traídos, nunca vão nos dar as costas: vão continuar esperando por nós silenciosos e humildes nas prateleiras ou nos cantos e porões onde foram deixados. E eles nos esperam por dezenas de anos, só sua destruição por traças, umidade ou fogo, impedirá que eles estejam à nossa espera. Não se queixam e não se cansam. Até que um belo dia, quando nós precisamos de um deles, quando sentimos necessidade de folhear suas páginas silenciosas e sábias, mesmo que seja numa noite chuvosa ou num dia frio, ou mesmo que seja um livro velho e manuseado que tenhamos jogado num canto sem qualquer cuidado, e que tenha ficado esquecido por muitos anos, ele não vai decepcionar-nos – descerá da prateleira ou sairá de seu canto mofado e virá conviver conosco como se nada tivesse acontecido. Não fará contas, não inventará desculpas e não perguntará se vale a pena, se ele nos merece, se nós o merecemos, se nós temos ainda algo a ver com ele, mas virá a nós no momento que nós quisermos, jamais fugirá ou nos trairá”. Livros e cachorros tem tudo a ver, digo eu.
Caro José Luiz,
Em tua homenagem e pelo amor que você dedica aos canídeos, a foto que ilustra este texto é do Kafu, aquele maravilhoso pastor que você me deu de presente. Abraços e continue na sua bela jornada dedicada a esses insubstuíveis animais. Abraços, JAIR.
Sensibilidade não se conquista, já nasce junto com a gente e a sua parece ser gêmea idêntica...
Pôxa! Que comparação fez com os livros... Só chegaríamos a essa associação com uma sensibilidade muito além do próprio sensível...
Parabéns!
Já de início peço desculpas se parecer insensível para algumas pessoas.
Aqui nos EUA, e acredito que no Brasil também, muitos donos de cachorros tratam os bichos como gente. Para o aniversário de um poodle a senhora dá uma roupinha colorida e um pedaço de bolo. Calma lá. A priore cães não precisam de roupinhas. Também não é um doce açucarado a melhor alimentação para um cão.
Dos muitos programas sobre adestramento de cães que passa por aqui tem um que se destaca com o especialista Cesar Millan. Ele trata quase que exclusivamente de casos de cachorros que apresentam algum comportamengto ansioso ou destrutivo. De cara ele senta com os donos e faz uma avaliação psicológica dos donos! Afinal os cães são reflexos de como os donos os tratam. As complicações são muitas mas vou citar só um exemplo. O sujeito tem um "cachorro de colo", o cachorrinho começa a latir e rosnar a primeira coisa que o sujeito faz é pegar o bichinho no colo. Pois bem, o cão que não é estúpido associa rosnar e latir = carinho. Pronto, o dono está criando um monstrinho.
Uma regra simples para as necessidades dos cachorros é: Exercício, Disciplina, e Carinho. Nesta ordem.
Ou ainda mais simples: Cachorro cansado é cachorro feliz. Dependendo do tamanho do bicho é difícil mesmo cansar um cachorro.
Então caros amantes de cachorro como eu. Pensem como um cão. Cães querem se exercitar, querem explorar o mundo, querem ter um líder a seguir (para eles é estressante terem que assumir o papel de líder), e querem obviamente carinho.
O cão que vive na sala confortável da mansão não é mais feliz que o cachorro do mendigo explorando as ruas das cidades.
PS. Cães devem ser disciplinados positivamente. Isto é, um tapa no bicho por algo errado, além de cruel, é improdutível. Mas vale uma recompensa em forma de elogio ou uma comidinha quando o bicho fizer algo certo.
Augusto
Amigo blogueiro,
Óbvio que percebi na foto a imagem do nosso inesquecível "Kafu", o qual espero ainda encontra-lo, algum dia, juntamente com tantos outros, na "Ponte do Arco Ìres". Você conhece essa fábula ? Simplesmente um belo texto que nos deixa esperanços com o "post mortem".
Sempre que possível estarei prestigiando seus escritos.
Aproveito para solicitar que contribua com esse que vos escreve e com seus animais, utilizando em seus deslocamentos o meu veículo de transporte individual. Meus motoristas irão ter a grata satisfação de conhecê-lo e transportá-lo. Desde já, agradeço a preferência.
JL
Caro Costa Matos, tudo bom, mas apos assistir um belo jogo do meu amado Gremio contra o "Hawai", me senti entusiasmado.
Bom ate os 50 anos eu pensava, e agia,com os cachoros, como se eles fossem cachoros, dava polenta com bofe, o que aprendi com o seu Dudu,...mas ai revolvi dar um regalo pa patroa e comprei uma cadelinha pudle, a qua me conquistou e adotou,mudou totalmente meu jeito de pensar e agir, esta humanizada, sim esta, eu tambem estou acachorado, então empatamos, não me refiro a ela como cadela, e sim como minha filha,vem com o papai etec.., dorme na cama comigo, assiste tv no meu braço, so não usa roupinhas porque não gosta, mas tem varias. Fazemos festinhas pra ela,obviamente com as melhores rações do mercado. Eu que andava meio bagunçado, e tu sabes porque, creio que ganhei minha vida de volta com a chegada da Milla, a qual esta agora aqui no colinho do papai.
Certa vez, la nos states, falei para um Vietnamita, do meu horror por eles comerem cachoros, e ele me respondeu, eu acho filhote de ovelha lindos, e voces os comem.
Um grande abraço, e que Jorge abençoe esta familia
Fabio
E sobre cchorros, como os adoramos, tmeos 3. Já escrevi também diveross texto e até foto textos sobre a nossa vida com eles. O Touche me foi dado de presente quando tinha cerca de um mês de vida, em dezembro completará 8 anos. É d raça yorkshire e tem uma filha, que vive conosco, a Safira, por demais apegda a minha esposa. Uma gracinha. Cuidamos muito bem deles e jamais relaxamos nas vacinas anuais. Custam uma nota mas vale a pena.
Lena já tinha ou tra cadela, a "Lady" Cooker, Tuane. Uma graça também. Tem mais de 10 anos, caminha pra os 11 anos. De quando em vez falo sobre eles. E é isso, meu amigo.
Um abraço do
Chico Simões.
Caro Badejo,
me entusiasmei com o teu texto, escrevi um monte de coisas, e me esqueci de dizer o principal, e que eu adorei ler este texto,esta muito legal e verdadeiro.
Grande abraço
Fabio
Eu sou bem suspeita para falar qualquer coisa sobre esses seres tão especiais!! Mas adorei o texto, e os inúmeros e lindos comentários!! Nenhum amigo humano nosso conseguirá ocupar o lugar do melhor amigo do homem... impossível!! E são também os melhores 'professores' de vida, nos ensinam amor incondicional, lealdade, perdão, afeto, e como se divertir em qualquer cantinho... segue um texto que tento seguir e que é a filosofia canina:
1. Nunca deixe passar a oportunidade de sair para um passeio.
2. Experimente a sensação do ar fresco e do vento na sua face por puro prazer.
3. Quando alguém que você ama se aproxima, corra para saudá-la(o).
4. Quando houver necessidade, pratique a obediência.
5. Deixe os outros saberem quando invadiram o seu território.
6. Sempre que puder tire uma soneca e se espreguice antes de se levantar.
7. Corra, pule e brinque diariamente.
8. Coma com gosto e entusiasmo, mas pare quando estiver satisfeito.
9. Seja sempre leal.
10. Nunca pretenda ser algo que você não é.
11. Se o que você deseja está enterrado, cave até encontrar.
12. Quando alguém estiver passando por um mau dia, fique em silêncio,
sente-se próximo e, gentilmente, tente agradá-lo.
13. Quando chamar a atenção, deixe alguém tocá-lo.
14. Evite morder quando apenas um rosnado resolver.
15. Nos dias mornos, deite-se de costas sobre a grama.
16. Nos dias quentes, beba muita água e descanse embaixo de uma árvore frondosa.
17. Quando você estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo.
18. Não importa quantas vezes for censurado, não assuma a culpa que
não tiver e não fique amuado... corra imediatamente de volta para seus amigos.
19. Alegre-se com o simples prazer de uma caminhada.
Bom, e concordando com o que o Augusto disse, um cão só é feliz podendo realmente ser um cão, em sua essência... não vamos humanizá-los, eles não merecem...
E quanto à população grande de animais na rua, principalmente em bairros de populações carentes, ocorre devido aos 'namoricos' de rua... e isso é um grande problema, portanto, conscientização para a guarda responsável dos cãezinhos e gatos, sempre!!!
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