terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A ELEIÇÃO DE OBAMA


"O que é bom para os Estados Unidos é bom para o mundo”, nunca uma sentença teve tanta razão de existir nem criou tão robustas esperanças nos corações e mentes de tanta gente no planeta. Mais que eleger um cidadão negro, os eleitores americanos, num admirável e inédito ato de coragem moral, e contrariando a elite WASP que sempre comandou a administração, que sempre teve nas mãos as rédeas econômicas e políticas do país, mostraram que é possível - mesmo numa nação com fortes cisões raciais onde brancos, latinos, negros, asiáticos e outros povos vivem em nichos separados por muros invisíveis de segregação, econômica principalmente – mudar o status da nação, mudar a imagem que se faz daquele país. Os americanos, pela primeira vez, mostraram-se incontestáveis líderes do mundo sem uso do temido big stick; sem apelo à sua formidável máquina militar ou às sanções econômicas, às quais costumam recorrer sempre que são contrariados nos seus interesses. Na sua história, os Estados Unidos são amados e odiados talvez na mesma medida mas, com toda certeza, pelos mesmos motivos, ou seja, pela suas melhores qualidades, ou melhor, pelo que eles acreditam serem suas melhores qualidades: Serem democráticos e tentarem impor a democracia aos outros, se necessário, à força. Já disseram por aí, que democracia não se exporta ou se importa, nasce, simplesmente. Pelo fato dos americanos acreditarem que a democracia não é naturalmente contagiosa, eles tentam empurrá-la pela garganta dos outros, e isso lhes traz, com frequencia inusitada, perigosas antipatias e inimizades pelo mundo afora. Agora, com essa revolucionária eleição onde apostaram na mudança, terão, finalmente, o respeito do mundo sem precisar impor-se pela força das armas. Continuarão sendo líderes do planeta, mas com um respeito conquistado graças à eleição onde negros, brancos, índios e todas as outras etnias que formam a amálgama daquela nação, se uniram e, mais que votar, colocaram a esperança num homem que promete - com uma honestidade manifesta difícil de contestar e uma vontade ferrenha cristalinamente visível - MUDANÇAS. Portanto, nos é lícito inferir: “Sé é bom para eles.....” JAIR. Floripa, 20/01/09.

3 comentários:

Anônimo disse...

Infelizmente, aquelas pessoas que odeiam os EUA nunca reconhecerão as coisas certas feitas por gente daquele país. Continuarão a culpar os americanos pela pobreza do terceiro mundo. Nunca perceberão que nações como os EUA precisam é de países onde as pessoas tenham poder aquisitivo e um grau de informação que lhes permita comprar os produtos mais sofisticados da tecnologia americana, pois é disso que vivem. Qual o interesse dos EUA em ficar patrulhando suas fronteiras e até fazendo muros para tentar conter parte da avalanche de imigrantes ilegais que fogem de seus países corruptos e miseráveis ? Aposto que eles prefeririam que os países latinos oferecessem aos seus povos as mesmas oportunidades de progresso pessoal que os EUA oferecem. Assim, as pessoas ficariam nos seus países de origem e comprariam os produtos americanos exportados. Mas, os populistas corruptos que voltaram a proliferar pela América Latina preferem que seu povo miserável e mal informado venha comer na sua mão as migalhas oferecidas em troca de votos. E que acredite nas suas fanfarronices e na grande mentira de que os países ricos são culpados pela miséria dos pobres ! No Brasil, quem constrói uma boa casa e paga impostos por isso é o "culpado" pela miséria das favelas que se multiplicam !
Pára, que eu quero descer !

Anônimo disse...

Oi Jair,
Parabéns pelo texto, me emocionei lendo, muito bem escrito!
Saudades de vocês, voltem logo.
VALÉRIA

Anônimo disse...

Meu amigo JAIR.Parabéns pelos artigos escritos, são da melhor qualidade. Vindo de você não seria diferente. Sinto falta do nosso convívio em voo ou bebendo um chope(sem álcool para você). Sua foto de perfil tem pinta de "GASTOSO". Forte abraço a vocês. Lenilson.