Obviamente o chamado sistema solar, composto pela estrela de quinta grandeza, Sol, circundado por bolotas denominadas Planetas, é conhecido e incontestado até por pessoas comuns, de modo geral não há nada de excepcional nele que possa gerar polêmica. Contudo, poucos de nós temos uma noção mais acurada de seu funcionamento. Um ponto de partida conveniente para estudar outros corpos celestes, principalmente planetas, é nosso planetinha azul, por razões óbvias. Enquanto não houver viagens interplanetárias, os astrônomos não têm como recolher amostras da superfície ou da atmosfera de outros corpos celestes, ou registrar as vibrações que se processam no interior de suas massas. Podem apenas, certamente frustrados, olhar sem tocar, ficam dependentes de dados conduzidos através do espaço por ondas de luz ou de rádio – informações o mais das vezes vagas e enganosas. E devem, acima de tudo, admitir que os planetas estudados são iguais ou muito parecidos com o nosso. Por exemplo, todos os corpos celestes se atraem mutuamente pela gravidade, então por que uns não “caem” sobre os outros? Por que a Lua não cai sobre a Terra? Ou: Por que todos os planetas são aparentemente esféricos, ou quase isso? Por que não existem planetas quadrados?
A rigor, a resposta porque os corpos celestes não caem uns sobre os outros e porque são redondos é a mesma: por causa da gravidade. Então vamos aos fatos. Newton não descobriu a gravidade observando a queda de uma maçã nem sendo atingido por ela conforme reza a lenda popular. As observações relativas à gravidade e à queda dos corpos haviam sido amplamente estudadas, mas se aplicavam somente à superfície da Terra, pois não havia como extrapolá-las para o desconhecido espaço cósmico. Não se fazia ideia da gravitação como força universal, afetando todos os objetos, inclusive corpos celestes. Parecia óbvio que a gravidade não podia ser aplicada a corpos que flutuavam no éter, porque eles não caíam sobre a Terra. Newton usou sua genialidade para incluir a Lua nas suas leis da gravitação e dizer por que ela não caía.
Observou por experiência que um objeto atirado horizontalmente segue trajetória tanto menos curva quanto maior for sua velocidade. Essa experiência é fácil de reproduzir, basta observarmos que um tiro dado na horizontal tem maior alcance se tiver maior velocidade. O tempo que bala leva para cair no chão é o mesmo que se nós a soltarmos livremente da mesma altura. No programa “MythBusters”, Caçadores de Mitos em português, os cientistas apresentadores provaram de forma cabal que isso é verdade. A gravidade atua com a mesma força (9,81m/s²) tanto no projétil disparado pela arma, quando no largado livremente, de modo que ambos caem no mesmo tempo. Pois bem, o jovem Isaac raciocinou que a elevada velocidade da Lua, algo em torno de 3700 quilômetros por hora, fosse suficiente para fazê-la seguir sua conhecida trajetória, a despeito da tendência a cair, como se comportam todos os objetos. E levando um pouco mais adiante seu raciocínio, baseando-se nas propriedades matemáticas das elipses de Kepler, admitiu que, quando aumenta a distância da Terra, a força da gravidade diminui proporcional ao quadrado da distância. Foi uma sacada genial!
O carinha (Newton) não foi exatamente feliz ao aplicar tal ideia à Lua, mas, quando conseguiu melhorar a estimativa do tamanho da Terra, sua matemática provou que ele estava certo. Na verdade a Lua se movia com a exata velocidade para que a gravidade da Terra, atenuada pela distância, a mantivesse em órbita, sem fazê-la cair na superfície e tampouco perder-se no infinito do cosmo. Essa sacada de Newton foi um dos maiores feitos na história do pensamento humano. Fizera uso da conhecida força que faz as coisas caírem sobre a Terra, para explicar porque a Lua não caía. Não é à toa que seu trabalho lhe valeu o grau de “Sir” concedido pela rainha da Inglaterra.
Já sobre a forma arredondada ou redonda da Terra, e, em consequência de todos os outros astros também, assim me expressei em outra ocasião: “A forma arredondada do planeta se deve à gravidade, essa força atua sobre toda a superfície igualmente de forma que a esfera é a forma geométrica que melhor distribui a massa que está sob o efeito da gravidade. E o achatamento se deve a gravidade do sol e da lua que “puxam” a massa terrestre nos trópicos e pela força centrífuga gerada pela rotação, que tenta expelir a massa na região do equador onde o momento angular é maior”.
Mas Sir Newton havia tirado o gênio da garrafa, a estrutura do sistema solar começou a adquirir a forma como a conhecemos, livre daquela baboseira de esferas concêntricas, órbitas do Sol em torno da Terra e quetais. Todos os integrantes do sistema se moviam conforme leis universais da gravitação, cuja ação pode ser reproduzida numa só frase: “Os corpos se atraem com uma força que varia diretamente com produto de suas massas e inversamente com o quadrado da distância entre eles”. Agora, por que a lei de Newton funciona, não se sabe. O que se pode afirmar com segurança é que o Universo é feito de tal forma que a lei de Newton fornece um resumo excelente dos movimentos observados.
Portanto, o sistema solar e todo o universo conhecido estão em movimento constante regulado pela lei da gravitação universal, então não há porque perguntarmos por que a Lua não cai, ou porque os planetas não são quadrados, são esferas. Esferas perfeitas não, o nome correto é esferóide oblato que, em linguagem de gente, quer dizer uma esfera ligeiramente achatada.
Assim, neste cantinho da Via Láctea, neste sistema que deve ser replicação de milhares de outros existentes no Universo, os planetas quase esféricos giram em tono de um a estrela sempre do mesmo jeitão, por cauda da lei enunciada por Newton, nada muito estranho ou minimamente polêmico. E planetas outros que existirem em outros sistemas, em outras galáxias, certamente estarão obedecendo as mesmas regras dos nossos, isso podem ter certeza, não pode existir regras diferentes para o mesmo fenômeno. JAIR, Floripa, 06/03/12.
A rigor, a resposta porque os corpos celestes não caem uns sobre os outros e porque são redondos é a mesma: por causa da gravidade. Então vamos aos fatos. Newton não descobriu a gravidade observando a queda de uma maçã nem sendo atingido por ela conforme reza a lenda popular. As observações relativas à gravidade e à queda dos corpos haviam sido amplamente estudadas, mas se aplicavam somente à superfície da Terra, pois não havia como extrapolá-las para o desconhecido espaço cósmico. Não se fazia ideia da gravitação como força universal, afetando todos os objetos, inclusive corpos celestes. Parecia óbvio que a gravidade não podia ser aplicada a corpos que flutuavam no éter, porque eles não caíam sobre a Terra. Newton usou sua genialidade para incluir a Lua nas suas leis da gravitação e dizer por que ela não caía.
Observou por experiência que um objeto atirado horizontalmente segue trajetória tanto menos curva quanto maior for sua velocidade. Essa experiência é fácil de reproduzir, basta observarmos que um tiro dado na horizontal tem maior alcance se tiver maior velocidade. O tempo que bala leva para cair no chão é o mesmo que se nós a soltarmos livremente da mesma altura. No programa “MythBusters”, Caçadores de Mitos em português, os cientistas apresentadores provaram de forma cabal que isso é verdade. A gravidade atua com a mesma força (9,81m/s²) tanto no projétil disparado pela arma, quando no largado livremente, de modo que ambos caem no mesmo tempo. Pois bem, o jovem Isaac raciocinou que a elevada velocidade da Lua, algo em torno de 3700 quilômetros por hora, fosse suficiente para fazê-la seguir sua conhecida trajetória, a despeito da tendência a cair, como se comportam todos os objetos. E levando um pouco mais adiante seu raciocínio, baseando-se nas propriedades matemáticas das elipses de Kepler, admitiu que, quando aumenta a distância da Terra, a força da gravidade diminui proporcional ao quadrado da distância. Foi uma sacada genial!
O carinha (Newton) não foi exatamente feliz ao aplicar tal ideia à Lua, mas, quando conseguiu melhorar a estimativa do tamanho da Terra, sua matemática provou que ele estava certo. Na verdade a Lua se movia com a exata velocidade para que a gravidade da Terra, atenuada pela distância, a mantivesse em órbita, sem fazê-la cair na superfície e tampouco perder-se no infinito do cosmo. Essa sacada de Newton foi um dos maiores feitos na história do pensamento humano. Fizera uso da conhecida força que faz as coisas caírem sobre a Terra, para explicar porque a Lua não caía. Não é à toa que seu trabalho lhe valeu o grau de “Sir” concedido pela rainha da Inglaterra.
Já sobre a forma arredondada ou redonda da Terra, e, em consequência de todos os outros astros também, assim me expressei em outra ocasião: “A forma arredondada do planeta se deve à gravidade, essa força atua sobre toda a superfície igualmente de forma que a esfera é a forma geométrica que melhor distribui a massa que está sob o efeito da gravidade. E o achatamento se deve a gravidade do sol e da lua que “puxam” a massa terrestre nos trópicos e pela força centrífuga gerada pela rotação, que tenta expelir a massa na região do equador onde o momento angular é maior”.
Mas Sir Newton havia tirado o gênio da garrafa, a estrutura do sistema solar começou a adquirir a forma como a conhecemos, livre daquela baboseira de esferas concêntricas, órbitas do Sol em torno da Terra e quetais. Todos os integrantes do sistema se moviam conforme leis universais da gravitação, cuja ação pode ser reproduzida numa só frase: “Os corpos se atraem com uma força que varia diretamente com produto de suas massas e inversamente com o quadrado da distância entre eles”. Agora, por que a lei de Newton funciona, não se sabe. O que se pode afirmar com segurança é que o Universo é feito de tal forma que a lei de Newton fornece um resumo excelente dos movimentos observados.
Portanto, o sistema solar e todo o universo conhecido estão em movimento constante regulado pela lei da gravitação universal, então não há porque perguntarmos por que a Lua não cai, ou porque os planetas não são quadrados, são esferas. Esferas perfeitas não, o nome correto é esferóide oblato que, em linguagem de gente, quer dizer uma esfera ligeiramente achatada.
Assim, neste cantinho da Via Láctea, neste sistema que deve ser replicação de milhares de outros existentes no Universo, os planetas quase esféricos giram em tono de um a estrela sempre do mesmo jeitão, por cauda da lei enunciada por Newton, nada muito estranho ou minimamente polêmico. E planetas outros que existirem em outros sistemas, em outras galáxias, certamente estarão obedecendo as mesmas regras dos nossos, isso podem ter certeza, não pode existir regras diferentes para o mesmo fenômeno. JAIR, Floripa, 06/03/12.
8 comentários:
Estimado Jair, permito-me aditar dois comentários acerca do muito provável mito da queda da maçã, algo difundido inicialmente por Voltaire. Os newtonianos mais fanáticos ‘conservam’ em Woolsthorpe, propriedade rural da mãe de Newton, onde o jovem Isaac veio refugiar quando a peste grassou em Cambridge, uma macieira que dizem ser descendente da dita de onde teria caído a maçã.
Há uma tentativa de se fazer uma leitura>perdemos a inocência por Eva ter comido a maçã e recuperamos a Ciência com a queda da maçao.
Com agradecimentos
attico chassot
Excelente argumentação, Jair. Lembrando que a Lei de Newton é hoje considerada um simples caso particular da Relatividade, e que esta, por sua vez, já vem dando há temos sinais de ser, também, um caso particular de alguma teoria mais abrangente.
Abraços.
PS: Li, não sei onde, que o próprio Newton relata ter intuído o conceito de "centro de gravidade", fundamental nos seus "Principia", ao observar a queda de uma maçã. Mas daí a dizer que ela o tivesse atingido, vai sem dúvida muita fábula... já imaginou se fosse uma jaca?
Ótimo texto... Eu sou mais um daqueles que creem fielmente que o homem esteve na lua, e mais de uma vez! Além disso também assisti ao episódio de Mythbusters onde os apresentadores comprovam essa teoria...
Parabéns pela qualidade das sandices!
Abraços!!!
O pensamento parece uma coisa à toa, mas como a gente voa...É,nestes vôos que alguns se perdem e, será que ,depois da queda
o espírito voa para outra galáxia?
É...! a lei da gravidade,tira alguns de órbita, como a moça que despencou da asa delta,neste final de semana...E o padre de Paranaguá,com as bexigas infladas, se foi... É melhor ser curioso e descobrir algumas verdades,do que memorizar regras,leis...e não saber aplicá-las na vida real.
Tá complicado!Luci.
Eu conheço uma senhora que "descobriu" a gravidade ao ser atingida por uma jaca, como sugeriu o Barcellos!
De qualquer forma, coisas que nos parecem tão naturais tem explicações bem complexas, a ponto de ter sido necessário a criação de novos conceitos matemáticos para descrever o comportamento dos astros!
Um show de sandices, Jair!
Abraços!
Newton deu um "new" tom à cara da ciência!
Acho esse tema Planetas muito interessante, a gente só se limita a conhecer o nome do planetas na ordem em estão em relação ao Sol. Daí prá frente nada mais. Com esse texto dá par entender um pouco da mecânico que os mantém lá em cima. Fiquei satisfeito com tua abordagem.
Este foi o principio que os russos usaram quando lançaram o primeiro satelite artificial, o que só veio para ajudar a confirmar o que Newton tinha comprovado à nao sei quantos anos atras.
outro acrescimo importante: para quem nao entende de ciencia, Uma viagem espacial é realizada em espiral, aplicando a lei de newton ao movimento dos outros planetas, onde se estuda o posicionamento exacto do corpo em relaçao à posição de lançamento da nave no espaço e em que orientaçao ela tem de ser colocada para que seja possivel tomar o rumo certo. Nao esquecer que a terra tem 2 movimentos diferentes, um em torno do sol e outro em torno de si mesma o que ao juntar ao movimento de outro astro, e que só existe propulsao dentro da atmosfera terrestre ou nas proximidades de outros astros (só ha fogo se houver oxigenio e nao ha propulsao sem haver um impacto [no caso do ar a propulsao é efectuada devido as constantes explosoes de fogo que libertam bastante energia que provoca um grande impacto entre as particulas e consequentemente a deslocaçao da nave] entao a velocidade da nave e a sua aceleraçao ate a atmosfera tem de ser calculada com exatidao e conseguida c sucesso. Depois de tudo isto, e principalmente pela questao da propulsao espacial, onde nao ha nada com proximidade suficiente para causar uma propulsao, creio que a ciencia ajuda a provar que o homem n foi à lua. Como seria isso tudo possivel com menos tecnologia que o seu telemovel que voce usa todos os dias para fazer tudo menos para fazer chamadas? E se eles ha paí ha 50 anos atras porque é que ainda nao chegaram a Marte se investem tanto na investigaçao espacial...
conhecimento cientifico faz bem, mas a inteligencia que permite acreditar no que esta certo nao se faz sem conhecer a historia e o mundo.
ha muita mafia no poder...
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