A história registra que o bicho homem é belicoso, que desde os primeiros grupos a se reunirem em clãs e aldeias, as disputas, rixas, desavenças e brigas estavam presentes. Continuaram os seres humanos a construir a civilização, tornando cada vez mais complexas suas interações sociais, traduzindo em feitos, monumentos, objetos e métodos, suas ideias, mas nunca abandonaram a disposição à violência com seus semelhantes, seja no nível individual com brigas e lutas, seja no nível comunitário com revoltas e guerras. Mas não só isso, pelo que se sabe, todas as civilizações, em tempos de paz, canalizaram suas agressividades para jogos, justas, combates simulados e o que pode ser chamado de luta por procuração: adestraram ou aproveitaram a disposição natural de animais domésticos e selvagens para fazê-los brigar.
Assim, no oriente, brigas de grilos e de peixes betta são comuns e movem milhares de dinheiros entre aficcionados; no Cazaquistão tribos nômades costumam promover brigas de ursos; em outras partes do mundo, inclusive no Brasil, acontecem brigas de cães, de canários e de galos.
Existem vários lugares no mundo onde essas brigas são legais, inclusive em alguns países da America latina e no estado de Luisiana nos EUA. No Brasil as brigas de galos são consideradas crime pela legislação federal desde 12 de fevereiro de 1998 (Lei 9.605, artigo 32, de Crimes Ambientais), devido a maus tratos a animais. Antes a legislação considerava apenas contravenção essa atividade.
Consta que há evidências de que briga de galos era um passatempo na civilização do vale do Indo. O esporte era popular nos tempos antigos, na Índia, China, Pérsia e outros países do Leste e foi introduzido na Grécia na época de Temístocles (524-460 aC). Durante muito tempo os Romanos afetados desprezaram este "desvio de grego", mas acabaram por adotá-lo com tanto entusiasmo que o escritor Agrícolas Columella reclamava que seus devotos muitas vezes gastavam todo seu patrimônio em apostar ao lado do poço. Lembrando que poço é o rinque onde os galos se engalfinham e rinha é o local onde se encontra o poço (ou tambor) e os aficionados se reúnem para fazer suas apostas. Mal comparando, a rinha seria o Maracanã e o poço seria o gramado.
Pois é, sendo ilegal ou não, fui criado numa região na qual era comum as pessoas criarem galos especialmente para a violência, e promoverem as brigas sem pudor e sem escrúpulos. Confesso que assisti algumas dessas disputas em minha infância. O dono da rinha chamava-se Laerte e as brigas se davam aos domingos a tarde com afluência maciça de criadores e apostadores.
Os galos brigam por instinto sexual, como são territoriais, ao avistarem um “rival” em seu pedaço, partem para a disputa na qual o mais forte expulsará ou anulará o adversário. Os homens se valem dessa tendência natural, treinam sua ave, estimulam sua agressividade e a colocam de modo a ser desafiada por outra supostamente em iguais condições e de peso idêntico. Ao se enxergarem as aves partem amoque para a agressão e se engalfinham com esporas, bicos e asas, para gáudio dos espectadores. O espetáculo é dantesco, na falta de um qualificativo mais adequado. É um dos espetáculos mais estúpidos e absurdos que a mente insana do Homo dito sapiens pode conceber. O resultado são penas, sangue, pedaços e pele e tecidos e, por fim, a morte ou submissão de um dos animais e a “vitória” do outro que nem sempre sai em boas condições do poço. No mais das vezes o vencedor também apresenta lesões apreciáveis e é comum ser sacrificado porque não pode ser recuperado.
Na verdade, em condições normais os galos jamais matam um ao outro, eles se limitam a mostrar sua superioridade durante a briga e expulsam o suposto invasor. Os homens, sabedores dessa atitude, criam galos mais agressivos através do cruzamento seletivo, aumentam a tonicidade de seus músculos através de exercícios, hormônios e alimentos especiais, ampliam o potencial de letalidade colocando próteses de aço em suas esporas e bicos e estimulam sua tendência à violência, conseguindo, dessa forma, que os animais se comportem fora de seus padrões naturais. O galo de briga é uma máquina de matar criada pelo homem.
Essa delegação de violência é a prova máxima que o Homo sapiens é mais estúpido do que pode parecer, é uma excrescência antinatural, uma besta do apocalipse, uma criatura horrenda que a natureza está arrependida de ter colocado neste Planeta, um refugo da evolução, um troféu do demônio, um ser asqueroso e inútil que não se enquadra em qualquer reino natural, um energúmeno juramentado e de carteirinha, uma ínfima partícula do dejeto da mosca que posou no cocô do cavalo do bandido. Se o homem deixar de existir a natureza agradece. Num mundo isonômico, para cada briga entre galos deveria corresponder uma luta entre dois aficionados nas mesmas condições, ou seja, deveriam lutar até que um morresse ou não mais pudesse reagir, algo assim como uma luta de vale tudo com desfecho fatal compulsório. JAIR, Floripa, 17/06/11.
Assim, no oriente, brigas de grilos e de peixes betta são comuns e movem milhares de dinheiros entre aficcionados; no Cazaquistão tribos nômades costumam promover brigas de ursos; em outras partes do mundo, inclusive no Brasil, acontecem brigas de cães, de canários e de galos.
Existem vários lugares no mundo onde essas brigas são legais, inclusive em alguns países da America latina e no estado de Luisiana nos EUA. No Brasil as brigas de galos são consideradas crime pela legislação federal desde 12 de fevereiro de 1998 (Lei 9.605, artigo 32, de Crimes Ambientais), devido a maus tratos a animais. Antes a legislação considerava apenas contravenção essa atividade.
Consta que há evidências de que briga de galos era um passatempo na civilização do vale do Indo. O esporte era popular nos tempos antigos, na Índia, China, Pérsia e outros países do Leste e foi introduzido na Grécia na época de Temístocles (524-460 aC). Durante muito tempo os Romanos afetados desprezaram este "desvio de grego", mas acabaram por adotá-lo com tanto entusiasmo que o escritor Agrícolas Columella reclamava que seus devotos muitas vezes gastavam todo seu patrimônio em apostar ao lado do poço. Lembrando que poço é o rinque onde os galos se engalfinham e rinha é o local onde se encontra o poço (ou tambor) e os aficionados se reúnem para fazer suas apostas. Mal comparando, a rinha seria o Maracanã e o poço seria o gramado.
Pois é, sendo ilegal ou não, fui criado numa região na qual era comum as pessoas criarem galos especialmente para a violência, e promoverem as brigas sem pudor e sem escrúpulos. Confesso que assisti algumas dessas disputas em minha infância. O dono da rinha chamava-se Laerte e as brigas se davam aos domingos a tarde com afluência maciça de criadores e apostadores.
Os galos brigam por instinto sexual, como são territoriais, ao avistarem um “rival” em seu pedaço, partem para a disputa na qual o mais forte expulsará ou anulará o adversário. Os homens se valem dessa tendência natural, treinam sua ave, estimulam sua agressividade e a colocam de modo a ser desafiada por outra supostamente em iguais condições e de peso idêntico. Ao se enxergarem as aves partem amoque para a agressão e se engalfinham com esporas, bicos e asas, para gáudio dos espectadores. O espetáculo é dantesco, na falta de um qualificativo mais adequado. É um dos espetáculos mais estúpidos e absurdos que a mente insana do Homo dito sapiens pode conceber. O resultado são penas, sangue, pedaços e pele e tecidos e, por fim, a morte ou submissão de um dos animais e a “vitória” do outro que nem sempre sai em boas condições do poço. No mais das vezes o vencedor também apresenta lesões apreciáveis e é comum ser sacrificado porque não pode ser recuperado.
Na verdade, em condições normais os galos jamais matam um ao outro, eles se limitam a mostrar sua superioridade durante a briga e expulsam o suposto invasor. Os homens, sabedores dessa atitude, criam galos mais agressivos através do cruzamento seletivo, aumentam a tonicidade de seus músculos através de exercícios, hormônios e alimentos especiais, ampliam o potencial de letalidade colocando próteses de aço em suas esporas e bicos e estimulam sua tendência à violência, conseguindo, dessa forma, que os animais se comportem fora de seus padrões naturais. O galo de briga é uma máquina de matar criada pelo homem.
Essa delegação de violência é a prova máxima que o Homo sapiens é mais estúpido do que pode parecer, é uma excrescência antinatural, uma besta do apocalipse, uma criatura horrenda que a natureza está arrependida de ter colocado neste Planeta, um refugo da evolução, um troféu do demônio, um ser asqueroso e inútil que não se enquadra em qualquer reino natural, um energúmeno juramentado e de carteirinha, uma ínfima partícula do dejeto da mosca que posou no cocô do cavalo do bandido. Se o homem deixar de existir a natureza agradece. Num mundo isonômico, para cada briga entre galos deveria corresponder uma luta entre dois aficionados nas mesmas condições, ou seja, deveriam lutar até que um morresse ou não mais pudesse reagir, algo assim como uma luta de vale tudo com desfecho fatal compulsório. JAIR, Floripa, 17/06/11.
14 comentários:
Jair, eu acho que daria à parte da humanidade a chance sobreviver à catástrofe.
Entretanto, gostaria de ver os promotores deste tipo de disputa receberem uma faca cada um e, aos pares, se entrentarem dentro de um fosso: Quem escapasse vivo, teria o direito de continuar, até sobrar só um "rinheiro" que sairia livre, após enfrentar uma dúzia de ariranhas ao mesmo tempo!
Mais chance que os galos, né?
Abraços!
Muito bom o texto!! O ser humano me enoja! Usar do sofrimento de animais para diversão é o cúmulo da estupidez!!!
- Subscrevo o comentário do Leonel, e lembro que nas brigas de galo o que está perdendo não tem sequer a opção de fugir.
- Abraço.
Estou contigo, quem gosta de briga de galos devia provar o mesmo remédio. Brigar até a morte com um adversário, só assim ele sentiria o que a pobre ave sente....
Meu caro Jair, disseste tudo quando intermediaste– com ironia – um particípio na entre a classificação e a espécie dos humanos: homo DITO sapiens.
Adiro as manifestações dos quatro comentaristas que me precederam.
Com admiração
attico chassot
Olá
Concordo que eh uma crueldade fazer isso com os bichos. Devia ser proibido no mundo inteiro. Quanto a briga de humanos, como o vale tudo, dai sim eh outra história porque estes estão no ringue por opção. Beijos da nora,
bom, os galos de combate brigam pq querem eles tem o instinto de brigar nos galistas apenas damos a eles condições de lutar, nos que somos criadores gostamos muito dessas aves nos nunca obrigamos a elas fazerem oq ñ querem, e na briga de galos existe regras q o galo só pode combater se for do mesmo tamanho e peso, e tbm existe o tempo pra essas aves combaterem a briga q é de 20 minutos a primeira agua e 25 a segunda caso o tempo acabe a briga esta empatada e existe muitas regras ainda sobre briga de galo, q vc ñ sabem e deveriam se informa ao inves de sair só comentando
pra essas pessoas q acham q briga de galo é crueldade deveriam ir passar um dia em um abatedouro ai vcs iam ver oq é crueldade bando de mentirosos.
E você Marcelo, é o mais estúpido dos humanos e não sabe nem escrever.
cara lha em cada 10 briga de galo 1 galo pode morrer mas pense nas empresas de fabricação e abate me massa mas de milhoes e milhoes de galos e galinhas mortos todos os meses quando um galo de rinha morre ele não e desperdiçado.
Meu nome é Wajih e por muitas vezes vejo gente falar merda sobre briga de galo quem não conhece realmente tem a impressão de que se trata de uma crueldade ...Mas é da natureza eles brigarem desde de novos sem mesmo qualquer tipo de treinamento.
Quanto a anabolizantes isso não existe pois se um galo e muito bom para que dar hormônio se o intuito disso e preservar a raca dos galos através de melhoramentos genéticos .E para os q não sabem as brigas de galos suste tao milhares de famílias no Brasil,porem não vou me aprofundar no assunto mas qualquer duvida deixo meu e-mail elkatib25@yahoo.com.br.Obrigado pelo espaço.
GALISMO NÃO É CRIME VIVA O GALISMO VIVA O GALO COMBATENTE BRIGAM POR EXTINTO ATÉ A MORTE MESMO ESTANDO SOLTOS ,GALO DE BRIGA NÃO ARRÉGA COMO O GOVERNO ARRÉGA, GALO DE BRIGA NÃO É COVARDE, GALO DE BRIGA É GALO DE BRIGA VIVA O GALISMO !!
Briga de galo é muito legal, fazíamos muito isso quando éramos criança, se tivesse a oportunidade voltaria a fazer...
Eu só tenho uma pergunta aos comentaristas acima daqui desta página que condenaram tão humanamente a briga de galo, a pergunta é: QUANTOS DE VOCÊS SÃO VEGETARIANOS?
Muito me admira que pessoas desinformadas, incultas e hipócritas, fiquem emitindo opiniões sem qualquer embasamento científico sobre os galos combatentes. Esta é a única raça existente no planeta que possui instinto de combate, independentemente de motivos. Todas as demais raças lutam por defesa de território, por acasalamento ou por alimentos. Os galos combatentes agem de forma contrária, independente de território, de galinhas ou de alimentos eles vão combater, até que um morra, desista (correr)ou não levante mais do solo. E isto não é ensinado, é instintivo. Desafio aos ditos protetores dos animais, criarem uma única ninhada de galos combatentes, e após o decurso de, no máximo, 8 meses, verão o resultado, quantos sobraram, se é que sobrará algum em perfeito estado. Ademais, indago aos hipócritas defensores dos animais, qual o motivo dos senhores não se insurgirem para encerrar o Rodeio de Barretos? De certo não conseguirão, pois lá envolvem milhões de reais, e os touros e cavalos utilizados são submetidos a maus-tratos, ao terem suas virilhas amarradas a ponto de fazê-los pular, não por instinto, mas por dor, aí sim é maus-tratos aos animais, pois não é instinto do boi ou cavalo ficar pulando, pois ao soltarem a corda da virilha eles prontamente param de pular. Muito em breve as rinhas de galos serão legalizadas no Brasil, já existe projeto para isto, para desespero dos ambientalistas e dos policiais ambientais, que preferem correr atrás de criadores de galinhas, do que combater os desmatadores de nossas florestas, porque alí serão recebidos à bala.
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