De posse de um
novíssimo MacBook Pro da Apple, que deverá substituir o Itautec bem anoso e
super usado (está com tecla on/off quebrada) que tem aturado minhas
idiossincrasias de escrevinhador por mais de cinco anos, faço aqui esta primeira
tentativa de produzir um texto.
Somando às
dificuldades inerentes a uma máquina a qual não tenho intimidade alguma; deixei
de escrever qualquer coisa que preste em meados de novembro passado. Então não
deverá ser surpresa se este primo textus,
por assim dizer, sair sem qualquer qualidade, digamos, palatável.
Como acredito que o
talento (ou a falta dele) não se perde por aí por falta de uso, coloco minhas
fichas todas neste jogo: “o texto sairá tão bom – ou ruim – como os demais
antes do recesso”. Então aí vai.
Depois que parei de
escrever voluntariamente descobri que meu cérebro se recusa a ficar ocioso, ele
exige de mim algum esforço que o desafie. Na falta desse esforço o cérebro
vagabundo tende a tornar-se pernicioso, tende a insanidade. Vale o adágio,
“cabeça vazia é oficina do diabo”, ou coisa semelhante.
Então, sobrando
tempo, e certo espaço vazio no cérebro, me propus estudar entomologia, sim, resolvi adentrar o estranho mundo dos Tisanuros (traças), Odonatas (libélulas), Ortópteros
(gafanhotos, grilos e baratas), Isópteros
(cupins), Coleópteros (besouros), Lepidópteros (borboletas e mariposas) e
milhares de outras famílias, gêneros e espécies que povoam o Planetinha azul
desde muitos milhões de anos antes do Homo
chamado sapiens sequer “pensar” em aparecer
por aqui para encher o saco dos outros viventes.
Tomada a decisão,
adquiri livros didáticos sobre o tema e estou me enfronhando com empenho nesse
novo metier. A coisa é particularmente
medonha, a quantidade de representes dessa fauna é, para dizer o mínimo,
piramidal, e as dificuldades com o latim
são indescritíveis, de modo que só depois de cinco anos estarei “formado” na
matéria, acredito com otimismo.
Se minha previsão se
confirmar, faço nova incursão nas ciências e passo a estudar botânica, o qual é outro assunto que me
fascina desde muito.
Posto isso,
considero que minha reestreia está concluída e nada prometo daqui prá frente. JAIR,
Floripa, 14/04/2013.
5 comentários:
Você vai incluir nas suas pesquisas o Polichroma Rodrigensis?
Abraços, amigão sumido...
Barcellos,
Com certeza, mas como posso ter acesso a um espécime em todo seu vigor aí no Rio, provavelmente como pós graduação farei pesquisa in loco daqui alguns anos. Abraços.
Que bom, feliz retorno! Adorei o texto de inauguração! Saiu perfeitinho.
Baratas, cupins?? Esse último preciso saber dele com urgência!
Seus textos sempre são ótimos, sempre deixam conhecimento.
Concordo: precisamos sempre exercitar os neurônios! Ainda ontem vi uma entrevista com o pintor Enrico Bianco, que falava exatamente na sua cabeça jovem apesar de seus 93 anos. Ótima entrevista. Infelizmente faleceu neste ano, aos 94. Mas bota cabeça jovem no que vi!
Bem-vindo!!
É bom estudar os insetos que um dia herdarão a Terra...
Bom que você não se tornou um serial killer enquanto estava com a mente vazia...
Agora, com este flamante "Big Mac", só podemos esperar coisa boa!
Voltarpas a compartilhar tua cultura com esta blogsfera!
Seja bem vindo de volta, amigo!
Abraços!
Cabo Velho, que bom te ter de volta.
abração
Fabio
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