O químico Wallace Carothers pode ser considerado o pai da ciência dos polímeros e o responsável pela invenção do neoprene e do nylon, dois fantásticos produtos que deram feição à indústria de bens de consumo no pós guerra. O homem era um químico brilhante, inventor, erudito e uma pessoa muito perturbada, consta que era maníaco-depressivo. Apesar de uma carreira profícua, - Carothers chegou a registrar mais de cinquenta patentes - o inventor terminou com a própria vida em 1936.
A história dos polímeros começa em 1928, quando a indústria química DuPont abriu um laboratório de pesquisas para o desenvolvimento de materiais artificiais, decidindo que a busca básica era fundamental para desenvolver novos produtos. Convidado, Carothers deixou o cargo de pesquisador chefe na Universidade de Harvard para liderar a divisão de pesquisa da Dupont.
Em 1931, a DuPont iniciou a fabricação de neoprene, uma borracha sintética criada pelo laboratório de Carothers. A equipe de pesquisa, em seguida, voltou seus esforços no sentido de criar uma fibra que poderia substituir a seda, que tanto servia para confeccionar desde meias femininas até pára-quedas militares, estes essenciais para o exército americano que começava a reequipar-se . O Japão era, então, a principal fonte de seda dos EUA, e as relações comerciais entre os dois países estavam se deteriorando.
Em 1934, Wallace tinha dado passos importantes para a criação de uma seda sintética, combinando a amina a outros produtos químicos, hexametileno, diamina e ácido adípico para criar uma nova fibra formada pelo processo de polimerização e conhecido como uma reação de condensação. Em 1935, a DuPont patenteou a nova fibra, a fibra milagrosa, a qual foi apresentada ao público em 1938, ela iria substituir com vantagem a seda até então usada na fabricação de pára-quedas.
A partir dessa constatação, diz a lenda que o general Edwin A. Pollock, comandante da USAAF, (United States Army Air Force) vibrando com a novidade que, finalmente, iria libertar o país da importação de seda oriunda de uma nação francamente hostil e potencialmente inimiga no futuro, teria dito:
Now,
You’re
Lost ,
Obnoxious
Nipons!
Ficou registrado que dessa expressão de desabafo em forma de acróstico, teria nascido a palavra NYLON. Conto o conto como me contaram, não respondo pela sua veracidade. JAIR, Floripa, 01/04/11.
4 comentários:
Olá, Jair,
obrigada por visitar o meu blog. Hoje acabei acrescentando ao texto que existem os andróides, cães-robô de brinquedo... acho que completou a idéia.
Ah, eu tenho o DVD da versão de 2007 de Blade Runner.
Bem, sobre o nylon, também não sei se é fato ou lenda a origem da palavra, vou indicar seu texto a colegas professores de química, quem sabe alguém tem outra informação.
Abraços,
Malu.
- Bela aula, mestre. E entre as fiandeiras animais que tiveram seu produto utilizado na indústria bélica cabe lembrar nossa patriótica "Viúva Negra", cuja teia, extremamente fina e mais resistente que o aço, foi extensamente usada nas retículas e cruzetas de mira de visores óticos, em ambas as guerras. Consta mesmo que o venenoso aracnídeo foi assim batizado quando os criadores que o exploravam comercialmente notaram que a fêmea matava sistematicamente o macho, após a cópula.
- Abraços.
Lenda ou não, esse fato curioso me foi contado há alguns anos, em um hangar do Galeão, por um colega de turma que parecia uma enciclopédia, e hoje generosamente compartilha seus conhecimentos com a blogsfera!
Valeu Jair!
Resgatando a história!
Abraços!
Gostei de saber a origem desse termo. Parabéns pelo texto.
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